Cotidiano

Preço da cesta básica sofre reajuste

Em uma semana, pelo menos cinco produtos da cesta básica registraram reajuste de 10% no preço

O preço da cesta básica sofreu um novo reajuste e teve um aumento de 10% em relação ao que era vendido na semana passada, nos supermercados da Capital. Dos 13 produtos analisados pela Folha, em dois pontos de vendas da Capital, um na zona Oeste e outro na zona Norte, nove tiveram alta nos preços. Com esta variação, a cesta básica passou de R$90,00 para R$ 100,00.
Com mais este aumento no preço dos alimentos, o poder de compra do consumidor roraimense, com o novo salário mínimo, que aumentou apenas 8% em janeiro deste ano, foi reduzido. Assim como em outras capitais, vários produtos apresentaram alta, mas, ainda assim, pelo menos cinco sofreram redução em seus preços, influenciando o custo total da cesta.
O feijão, que na semana passada custava R$ 6,30, foi o produto que apresentou a maior alta. Passou a ser vendido por R$ 6,99, um reajuste de 10,5%. O arroz veio logo em seguida, com um amento de 4,5%, assim como o café (1,12%), e o leite (0,99%). O preço do açúcar, que na semana passada era vendido nas prateleiras por R$1,99 e agora custa R$ 1,90, sofreu uma queda de -4,5%, e o óleo registrou queda de – 1,87%. Os dois produtos foram os que apresentaram maior queda no mês.
Para atrair o consumidor, os supermercados fazem promoções. “Para tentar amenizar isso fazemos bastantes promoções, baixando os preços de alguns produtos. Hoje, por exemplo, o açúcar e o óleo estão com preços abaixo do custo, assim como o arroz, que custava R$ 1,99 e hoje está R$ 1,89”, disse o gerente de um supermercado localizado na zona Norte, Wandreson Souza.
Segundo ele, com a elevação dos preços dos produtos essenciais na mesa do consumidor, o mercado sofre forte impacto e prejuízo. “Como são produtos indispensáveis, como arroz, açúcar, leite e óleo, tentamos fazer de tudo para ajudar a clientela, inclusive não obtendo lucro algum sobre alguns itens”, afirmou.
CONSUMIDORES – Não tem jeito. Em todo e qualquer reajuste, os maiores prejudicados são mesmo os consumidores. Para o aposentado Francisco Ribeiro, de 75 anos, que se diz acostumado com o aumento nos produtos, as previsões são pessimistas. “Isso prejudica demais a gente. Está difícil. Já não era bom e as coisas ficam desse jeito. Acho que vai piorar ainda mais”, lamentou.
Já o analista Juscelino Salentino diz que o reajuste chega a ser abusivo para o trabalhador que recebe um salário mínimo. “O aumento foi exagerado, às vezes é vício do mercado, sem necessidade de aumentar o preço dos produtos e ainda assim fazem. Quem ganha somente um salário mínimo não se vê em condições de comprar”, frisou.
PRODUTOS – Atualmente, 13 produtos compõem a cesta básica do consumidor roraimense. São eles: 5 kg de arroz, 1 kg de sal, 2 kg de feijão, 4 kg de açúcar, 3 kg de café, 5 pacotes de suco, 2 pacotes de bolacha, 2 latas de sardinha, 2 pacotes de macarrão, 2 latas de óleo, 2 extratos de tomate, 3 pacotes de leite e 2 kg de farinha. DICAS – O ideal é que o consumidor procure realizar as suas compras nos dias de promoção, bem como a pesquisa entre os supermercados para amenizar os efeitos da alta dos preços. (L.G.C)