Cotidiano

Preço da gasolina e do álcool sofre 4º reajuste no trimestre

O etanol também sofreu aumento de preço de 6,5%, mais que a gasolina, que registrou reajuste de 1,2% na bomba

Os sucessivos reajustes de preço do combustível têm causado insatisfação nos consumidores e empresários revendedores do produto. Nesta quinta-feira, ocorreu o quarto aumento desde setembro. O valor da gasolina comum aumentou cerca de 1,2%. No caso do etanol é ainda maior, pois subiu 6,5%.

Em fevereiro deste ano, o valor da gasolina comum era de R$ 3,30 e, no início de dezembro, passou para R$ 3,94, um aumento de 19% até então. Segundo informações do gerente de um posto da zona Leste, as especulações no setor indicam que até o final do ano o valor do litro da gasolina pode chegar a R$ 4,40.

A gasolina aditivada aumentou 1,5%, passando de R$ 3,92 para R$ 3,98 o litro. Pelo mesmo caminho, o álcool combustível (etanol) teve o maior acréscimo de valor, chegando a 6,5%, passando de R$ 3,37 para R$ 3,59. O diesel comum e S10, até esta quinta, não teve mudanças de valor.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Postos de Combustíveis em Roraima (Sindipostos-RR), José Neto, os donos dos estabelecimentos estão seguindo o valor de mercado de acordo com o reajuste que recebem da distribuidora.

“O empresário deve efetuar essa mudança de preço para não ser afetado economicamente”, disse. “Os responsáveis pela distribuição alegam que houve aumento no preço de artigos referente à produção da gasolina e álcool”.

Em entrevista concedida à Folha em novembro, Neto afirmou que a Petrobras vem subindo o preço na casa dos centavos quinzenalmente. “Nós, revendedores, compramos cada vez mais caro. Infelizmente. se torna elevado também ao cliente”, destacou.

“Isso é muito ruim. Mais uma vez a população é atingida, pois quanto mais caro, mais difícil para comprá-lo. Inclusive, os cidadãos estão abastecendo cada vez menos. As vendas do meu estabelecimento, por exemplo, caíram de 10% a 15%”, frisou Neto, complementando que é um cenário pavoroso a todos.

O consumidor Rodrigo Barroso disse que se trata de uma situação absurda. “Não aguento mais pagar impostos. A gasolina é essencial para nossa locomoção e não podemos aceitar essas medidas”, ressaltou. “Estou pensando seriamente em trocar o carro por uma moto, como uma forma de economizar”.

OPÇÃO – Aos que buscam preços baixos, em alguns postos da zona Oeste, principalmente nos bairros Pricumã e Buritis, é possível encontrar gasolina comum por R$ 3,79 e gasolina aditivada a R$ 3,96, porém esses estabelecimentos não costumam aceitar cartão de crédito nem de débito. (B.B)