Cotidiano

Preço da gasolina sofre novo reajuste e pode chegar a R$ 3,86

Mais uma vez os motoristas da Capital foram surpreendidos com o aumento do preço dos combustíveis. Pouco mais de uma semana após o reajuste nos preços da gasolina anunciado pelo Governo Federal, devido ao aumento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) da gasolina, os consumidores roraimenses agora enfrentam um reajuste concedido pela Petrobras e que deve elevar o litro da gasolina para até R$ 3,86.

No Estado, este é o terceiro aumento sofrido pelo produto nos últimos dias. No dia 30 de setembro, a gasolina, que custava, em média, R$ 3,51 o litro, subiu para R$ 3,80. Mostrando um aumento de mais de 6% em menos de 30 dias.

No caso do diesel, o repasse também foi quase integral. O reajuste sofrido é de 4% praticado pela Petrobras nas refinarias e traduziu-se em um aumento de 3,22% nas bombas. O preço médio do litro do diesel nas bombas saiu de R$ 2,812 na semana de 30 de setembro a 03 de outubro para R$ 3,00 na semana de 4 a 10 de outubro.

O novo reajuste faz parte da política nacional da empresa para regularizar a concorrência entre os postos de gasolina. Conforme explicou o presidente do Sindicato dos Donos de Postos de Combustível em Roraima, José Neto, a Petrobras revende o combustível para as distribuidoras privadas que, por sua vez, repassam o aumento integral para as concessionárias concorrentes da empresa de uma única vez, como os postos Shell, Ipiranga, Equador, entre outros. “Esse aumento é sofrido imediatamente pelos consumidores”, destacou.

Enquanto isso, para os postos próprios da empresa, o repasse é feito aos poucos e o aumento do preço é sentindo com uma maior frequência. “ É isso que está acontecendo nestes últimos dias. Com esses aumentos, o intuito da Petrobras é querer que o mercado se autorregule pela concorrência dos postos, que acabam absorvendo esses pequenos reajustes na maioria das vezes sem repassar ao consumidor para não perder vendas, por que o consumidor vai sempre abastecer onde é mais barato”, explicou.

De acordo com José Neto, a atitude da empresa não é vista com bons olhos pelos donos de posto e nem pela opinião pública. “Esses ajustes de forma consecutiva nos postos Petrobras não são aceitos pela opinião pública que acredita que são os donos dos postos os violões, ladrões, formadores de cartel que agem assim, mas não é.” frisou.

Ele explicou ainda que o Governo Federal é quem determina a composição do preço do combustível pela base tributária. “Hoje 85% do preço pago na bomba é imposto, contribuição e realização da Petrobras”, disse, relembrando que a população deve se preparar para mais um aumento. “O aumento da Cide não foi realmente repassado em Roraima, portanto vale lembrar que ainda sofreremos novamente este aumento até o preço do combustível se ajustar com os padrões estabelecidos pelo governo”, concluiu. (J.L)