Cotidiano

Preço do gás de cozinha é reajustado

Com o aumento, os consumidores deverão pagar até R$ 62,00 pelo botijão de gás nas revendedoras da Capital

O consumidor já está pagando mais caro pelo gás de cozinha. No início dessa semana, a Petrobras anunciou reajuste de 15% nos preços do gás liquefeito de petróleo, para uso residencial, envasado em botijão de até 13 quilos. Esse é o primeiro aumento no produto desde 2002, no entanto, a medida já está mexendo com os ânimos do consumidor roraimense.

Dono de um supermercado no bairro Pintolândia, zona Oeste, Francisco Santos disse que seu empreendimento ainda não repassou ao consumidor o novo preço do produto, mas que muitos já demonstram preocupação com a notícia. “Por enquanto, nós estamos aguardando a distribuidora repassar os produtos para o comércio, mas já é certo que o valor virá com reajustes. Muitos clientes reclamam, pois outros itens, como feijão, carne e trigo, estão com preços bem salgados. Mas, infelizmente, não há nada que possamos fazer”, afirmou.

A reclamação não é para menos. Conforme comerciantes ouvidos pela Folha, o reajuste máximo repassado ao consumidor ficou em torno de 7%, um acréscimo de R$ 4,00 no orçamento familiar. Nos revendedores da empresa Amazon Gás, a botija de 13 kg está sendo vendida a R$ 58,00, e a de 7 kg a R$ 42,00. Antes do aumento, os preços cobrados eram de R$ 54,00 e R$ 38,00, respectivamente.

Já nas revendedoras Fogás, a botija de 13 kg está sendo comercializada a R$ 62,00, a de 8 kg no valor de R$ 45,00 e a de 5 kg a R$ 34,00. Anteriormente, os valores repassados à população eram R$ 58,00, R$ 42,00 e R$ 32,00.

“Esse aumento já passou a vigorar no dia 02 e todos os clientes, sem exceção, que ligam para fazer o pedido, reclamam desse aumento. Infelizmente, é um problema que afeta a todo mundo, até mesmo a nós, comerciantes, que temos dificuldades em trazer o produto a um valor acessível”, disse a dona de distribuidora no bairro dos Estados, zona Norte, Kris Leite.

Dona de um boxe há oito anos no Mercado Municipal São Francisco, no bairro de mesmo nome, Nete dos Santos afirmou que gasta, por mês, aproximadamente R$ 200,00 em aquisição de botijas de 13kg. Para não perder a clientela, o estabelecimento optou por aumentar os preços das refeições. “Geralmente, todos os boxes da feira oferecem o mesmo preço, que é de R$ 10,00 o prato feito. Se a gente repassar o preço do gás para o cliente, corre-se o risco de perder o pouco que estamos conseguindo manter”, afirmou.

Sorte para o auxiliar de obras, Tadeu Ferreira, que ainda poderá degustar seu almoço sem pagar mais. “Ainda bem que eles ainda não começaram a aumentar o preço da comida aqui. Mas que de alguma maneira a gente fica preocupado, isso é fato”, comentou.