Cotidiano

Prédio inacabado do IFRR causa transtornos a moradores do Centro

Além de servir de criadouro de mosquitos transmissores de doenças, obra abandonada abriga usuários de droga e criminosos

Há cerca de dois anos, a construção inacabada do prédio que abrigaria a Reitoria do Instituto Federal de Educação, Ciência Tecnologia de Roraima (IFRR), na avenida Major Williams, no Centro, vem causando transtornos aos moradores da localidade. O mato e o acúmulo de água das chuvas tornam o lugar um criadouro de mosquitos transmissores de doenças, como a dengue, a zika e chikungunya. A falta de iluminação também representa riscos a quem passa pelo local à noite.

 O corretor de imóveis Oberdan Carneiro, que mora nas proximidades da obra, afirmou que o sogro foi diagnosticado com zika, que relata ter adquirido a doença devido à grande quantidade de mosquitos presentes na construção abandonada. “Minha casa fica ao lado do terreno. Todo ano, no verão, sofremos com os mosquitos que se multiplicam na construção. Agora, com esse surto de zika que está ocorrendo na cidade, meu sogro não escapou”, declarou o morador.

Carneiro disse que a situação também causa transtorno aos demais moradores. “Alguns vizinhos estão na mesma situação que o meu sogro. Os responsáveis poderiam ao menos mandar limpar o terreno, nem que fossem duas vezes ao mês. A falta de manutenção é tão visível que os vândalos já até arrancaram a placa de identificação da obra”, observou.

Quando anoitece, os moradores enfrentam outro problema: a insegurança. Segundo relatos, o local é utilizado para a prática de atos ilícitos. “Durante a noite, a rua fica escura. Já presenciei pessoas consumindo drogas e mantendo relações sexuais”, comentou o corretor de imóveis.

Cansado da situação de abandono, o morador procurou a Prefeitura de Boa Vista para solicitar que providências fossem tomadas. “A Prefeitura poderia ao menos cobrar o proprietário para manter o local limpo. Isso já ajudaria bastante. Agora, para solucionar isso, o IFRR tem que concluir essa obra e colocar o prédio para funcionar de vez”, disse.

IFRR – A Folha entrou em contato com a assessoria de comunicação do IFRR para saber quando a obra seria concluída, mas não houve retorno até o fechamento desta matéria, às 18 horas. (I.S)