Cotidiano

Prefeito reunirá caminhoneiros para dialogar com autoridades

A crise que se instalou após o fechamento da fronteira da Venezuela com o Brasil, há 15 dias, tem refletido na economia de Roraima. Caminhoneiros que ficaram retidos no lado venezuelano e com os veículos parados, amargam prejuízos.   

Para tentar negociar e mediar uma saída para os profissionais de cargas, o prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato, vai tentar se reunir com os caminhoneiros na manhã de hoje e definir o diálogo com autoridades venezuelanas para a abertura da fronteira para eles passarem.   

“Ainda não sabemos como prosseguir, nem quantos caminhoneiros de Roraima tem na Venezuela, mas precisamos nos reunir, definir estratégias e até saber como estão e do que precisam”, disse.

Torquato explicou que estes caminhoneiros estavam em trânsito quando os outros foram liberados na semana passada.

“Chegaram agora e ainda não sabemos qual a situação deles. Teremos que entrar novamente em diálogo com as autoridades venezuelanas para liberá-los”, afirmou.

Em 27 de fevereiro, depois de oito dias de espera, 24 carretas brasileiras fizeram a travessia para Pacaraima, na fronteira com a Venezuela. A liberação aconteceu depois de negociação entre o governo do Estado e a Prefeitura de Pacaraima com as autoridades venezuelanas.

Em solo brasileiro, os caminhoneiros relataram à Folha que as condições de permanência na Venezuela eram precárias, com alguns dos trabalhadores sem acesso à água potável, poder tomar banho e se alimentar. Eles também não podiam abandonar seus veículos que são a maior parte de geração de renda das famílias.

Na mesma data, o governador de Roraima, Antonio Denarium, também se reuniu com o governador do Estado de Bolívar, Justo Noguera, e outras autoridades venezuelanas para tratar justamente sobre o conflito na fronteira e as alianças comerciais na região. Denarium solicitou que fosse aberta a fronteira entre os países, porém, ainda não há uma previsão para que isso ocorra.

Além de Denarium e Noguera, participaram da reunião o prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato, o secretário de Comunicação do Estado, Marcos Marques, e os ministros do país vizinho Aristóbulo Izturis, da Educação, Luis Alberto Medina, da Alimentação, Aloa Nuñes, dos Povos Indígenas, e Yelitza Santaella, governadora do Estado de Monagas.  (R.R.)