Cotidiano

Prefeitos roraimenses querem mais tempo

Prazo para prefeituras acabarem com lixões e implantem aterros sanitários encerrou em agosto passado, mas prefeitos querem mais quatro anos

Os prefeitos dos 14 municípios do interior do Estado já estão se articulando para fazer lobby junto aos senadores de Roraima para que aprovem a Medida Provisória (MP) que amplia para quatro anos o prazo para que as prefeituras acabem com os lixões e os substituam por aterros sanitários. A informação foi repassada ontem pelo presidente da Associação dos Municípios de Roraima (AMR), Moacir Mota, que é prefeito do Amajari, um dia depois que a Câmara dos Deputados aprovou a medida provisória, que agora segue para o Senado.
A MP, que foi aprovada no Senado, dá novo prazo aos municípios até 2018 para que acabem com os lixões. A data limite encerrou no dia 2 de agosto deste ano sem que a maioria dos municípios de todo Brasil tenha instalado aterros sanitários para a destinação adequada dos resíduos sólidos. “Vamos fazer gestão junto aos nossos senadores e temos certeza que eles, sabendo da situação por que passa os municípios, vão provar a ampliação desse prazo para mais quatro anos, e assim os prefeitos terão como trabalhar para finalizar os planos e construírem seus aterros sanitários”, frisou.     
O Senado terá que aprovar a medida até 6 de novembro, data em que perderá a validade. Se aprovado, o texto será enviado para sanção presidencial. A presidente Dilma Rousseff poderá, então, sancionar o texto ou vetar pontos específicos. Mas os senadores também poderão modificar o texto – o que obrigaria que voltasse para nova deliberação pela Câmara.
Segundo o presidente da AMR, das 14 prefeituras do interior do Estado, apenas Pacaraima e Amajari teriam conseguido aprovar o Plano Municipal de Resíduos Sólidos. “As demais prefeituras ainda estão encaminhando os procedimentos para elaboração dos planos e sabemos que não é fácil. Com essa prorrogação, os prefeitos terão mais tempo para finalizar o plano e depois lutar para conseguir os recursos do convênio para construir o aterro sanitário”, frisou Mota.
Com essa ampliação de prazo, estados e municípios também ganhariam prazo até 2016 para elaborar os planos estaduais e municipais de resíduos sólidos. O prazo venceu em 2012. Esses planos são requisitos para que estados e municípios recebam dinheiro do governo federal para investir no setor.
Moacir Mota explicou que, diante dos muitos modelos apresentados, as prefeituras de Roraima estão buscando a elaboração do plano de aterro sanitário controlado. “Temos que deixar de usar o lixão e o melhor modelo é o de aterro sanitário controlado”, comentou.  “Para isso já temos R$1,5 milhão para construir o aterro sanitário de Amajari. Mas, em Pacaraima, por exemplo, o prefeito está tendo problemas da licença ambiental, já que se trata de área indígena”, frisou. (R.R)