Cotidiano

Prefeitura alega dificuldades para concluir posto de saúde

Com obras iniciadas em março deste ano, o posto de saúde do bairro Aeroporto, na rua Francisco Cândido, zona Norte, ainda está longe de ser concluído e entregue para a população. Na placa, a obra duraria cerca de 150 dias e se encerraria em agosto deste ano, mas conforme moradores locais, desde junho não se vê movimentação alguma na obra.

No local, um portão completamente destruído guarda a obra abandonada, que seria do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 em parceria com a Prefeitura de Boa Vista (PMBV). Para a população, a obra está abandonada, mas para a PMBV o que ocorreu foi um atraso no repasse de verbas por parte do Ministério da Saúde e, por isso, não há pessoas trabalhando na conclusão da unidade.

Conforme a prefeitura, a obra, orçada em aproximadamente R$ 340 mil, já está com mais da metade concluída. O Executivo municipal alegou ainda que, desde a paralisação das obras, vem cobrando do Ministério da Saúde a continuidade dos repasses de verba, mas que não tem obtido uma resposta com data conclusiva.

Para os moradores da região, o local ainda está “protegido” porque a parte de baixo do portão está toda destruída, impossibilitando a entrada de pessoas más intencionadas. “Se tocar nele, ou tentar correr ele para abrir, ele cai. Isso vai denunciar qualquer pessoa que tente entrar lá, porque o barulho seria muito alto”, disse o morador Carlos Silva.

Ele não escondeu a preocupação que a obra parada tem causado. “A gente não consegue ver o que tem lá dentro, só sabe que tem muito mato e material de construção abandonado. Com tanta doença que tem aparecido aí, como a dengue e a Zika, é preocupante mesmo que ninguém faça nada”, ressaltou.

Conforme o morador, a sensação que a obra transmite é de falta de comprometimento dos órgãos públicos com a população. “A gente paga tudo o que tem que pagar, elege todos esses representantes, mas eles não se empenham em nos dar esse retorno. Imagino o tanto de gente que já poderia estar sendo atendida com essa epidemia de doenças se esse posto já tivesse funcionando. É uma pena”, considerou. (J.L)