Cotidiano

Prefeitura de Boa Vista dispõe de material orgânico para atender produtores

O superintendente de Assuntos Indígenas da Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV), Lucas Lima, esteve presente no programa Agenda da Semana, na Rádio Folha 1020 AM, no domingo, 7, para tratar sobre as medidas de apoio aos produtores rurais por meio de mecanização agrícola na Capital.

De acordo com Lima, a Prefeitura já desenvolve o trabalho junto aos agricultores há pelo menos três anos, nas áreas peri-urbanas de Boa Vista, dos projetos de assentamento Nova Amazônia, nas glebas e nas 16 comunidades indígenas do município. Segundo o superintendente, no início do ano, em fevereiro, é aberto o processo para que a população possa solicitar a utilização de equipamentos mecânicos, como tratores, em seus lotes ou comunidades. A solicitação deve ser feita na sede da Superintendência de Assuntos Indígenas, localizada no Horto Municipal, dentro do Parque Anauá.

“O processo é muito simples. É um formulário muito básico, onde a pessoa coloca o nome e o local onde pretende cultivar. A equipe pega esse formulário, os agrônomos da Superintendência vão até o local onde pretende mecanizar e faz uma vistoria”, disse.

Conforme o superintendente, a vistoria se faz necessária por conta de alguns critérios que precisam ser avaliados. “O lote não pode estar localizado em Área de Preservação Permanente (APP), não pode alagar, não pode ter toco para não danificar os tratores e outros”, informou.

Lima também informou que, além das mecanizações, a superintendência também é responsável por um trabalho de acompanhamento durante todo o processo. “No início, antes de mecanizar, a gente indica a quantidade de insumos a serem colocados, se informa de qual o tipo de plantio, de cultivo que está sendo implantado, acompanha o processo com técnicos e depois da mecanização, continuamos acompanhando os cultivos para ver se há alguma dificuldade”, revelou. No entanto, o superintendente reforçou que não fornece as sementes e os insumos, também para estimular a participação dos agricultores rurais.

Ainda segundo Lucas Lima, desde fevereiro a superintendência já recebeu mais de 400 solicitações para o acompanhamento técnico e de equipamentos nas áreas de produção rural. “Nós recebemos 463 solicitações, ou seja, um número muito grande de participação do produtor. Destes, tivemos ao total, 393 hectares mecanizados”, informou.

MATERIAL ORGÂNICO – Quanto aos produtores orgânicos, o superintendente informou que o Departamento de Apoio à Produção (DAP), localizado no Distrito Industrial, também oferece a venda do material, uma tonelada por R$ 100, principalmente para os participantes do projeto de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais) do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Para fazer a compra, o produtor também deve fazer a solicitação junto à Superintendência, sendo necessário fazer a emissão do Documento de Arrecadação Municipal (DAM). “Com essa DAM, a gente faz essa entrega do material orgânico ou o produtor pode ir buscar, dependendo da situação. Temos pessoas que moram perto da unidade, mas em alguns casos, por causa da distância, nós também fazemos a entrega”, informou.

Para finalizar, o superintendente informou que acredita que o trabalho que está sendo realizado pelo órgão é importante para o desenvolvimento local e geração de renda das comunidades atendidas. “Sem dúvida nenhuma, acho que uma das vocações desse município é o desenvolvimento agrícola. É muito importante a gente trabalhar com atenção, não só na cidade, mas fora, nas áreas rurais, nas comunidades e locais mais afastados. Acredito que temos conseguido fazer isso e temos números e indicadores, com resultado para mostrar”, assegurou Lima. (P.C.)