A prefeita de Mucajaí, Eronildes Aparecida Gonçalves (PR), denunciou o sumiço de peças de veículos e documentos oficiais do município. Após instaurar comissão para apurar os fatos, alguns materiais e peças foram recuperados pela Polícia Civil e devolvidos à Prefeitura.
Segundo o procurador do município, Francisco Feliciano da Conceição, o desaparecimento dos itens foi descoberto após levantamento dos bens públicos. “Decidimos tornar público alguns atos praticados pela gestão anterior. Quando assumiu a prefeitura, a prefeita criou a comissão e, na conclusão dos trabalhos, foi feito relatório situacional dos bens, quando foi constatada perda total de vários bens”, disse.
A comissão constatou a subtração de uma peça de um caminhão do lixo avaliada em R$18 mil. “Essa peça foi localizada em uma oficina em Boa Vista, no dia 30 de maio, depois de registrarmos ocorrência na Polícia Civil. Como estava desaparecida, o caminhão do lixo estava parado”, afirmou o procurador.
Também foi constatado o desaparecimento de diversos processos. “Entramos com pedido judicial e recuperamos alguns documentos com a ex-contadora do município. Diversas são as dificuldades por falta desses processos, porque vários órgãos estão solicitando informações e não estão sendo atendidos pelo fato do sumiço”, explicou.
O procurador informou que o Município ajuizou uma ação sobre os danos patrimoniais e a depredação de bens públicos. “Está tramitando e, com relação aos danos patrimoniais, fizemos uma comunicação para os órgãos responsáveis tomarem providências para responsabilizar os ex-gestores da pastas. Informamos a falta de 22 processos e recuperamos com ação de busca e apreensão apenas um”, destacou.
OUTRO LADO – À Folha, o ex-prefeito de Mucajaí, Josué Matos (PP), negou as acusações e afirmou que fez a transição da Prefeitura de forma legal. “Ela está alegando que houve desvio de peças e documentos, o que não é verdade. Houve transição do nosso governo por meio de decreto e entreguei tudo à atual prefeita. Por conta dessas acusações, entrei com representação jurídica contra ela”, disse. (L.G.C)