Cotidiano

Prefeitura lança projeto e anuncia que vai intensificar repressão no trânsito

Plano de modernização anunciado prevê endurecimento na fiscalização com novos radares para flagrar infrações

A Prefeitura de Boa Vista lançou, na manhã de ontem, 11, no Palácio 09 de Julho, bairro São Francisco, zona norte, o projeto Vida no Trânsito, que tem a finalidade de garantir maior segurança no trânsito, com foco na repressão, com aplicação de multas, visando à diminuição dos índices alarmantes de acidentes. Conforme a prefeita Teresa Surita (PMDB), além do reforço nas ações educativas, a iniciativa prevê a aplicação de um pacote de medidas que visam reestruturar o conturbado trânsito da Capital.

“Nós estamos trabalhando desde 2013 numa sequência de ações com foco educativo para essa questão do trânsito e agora nós chegamos naquela que é a medida mais direta na questão dos resultados. É por esse motivo que as pessoas precisam estar mais atentas, juntamente em função dessas infrações”, afirmou. Entre as medidas previstas no projeto está a implantação de novos radares de velocidade. Serão instalados seis equipamentos. Um dos equipamentos, instalado de forma experimental no Centro Cívico, flagrou 37 mil infrações por avanço de sinal.  

“A parte de testes já terminou e a partir de agora vamos entrar com a multa. Havendo a infração, o cidadão terá que arcar com o pagamento dessa multa, porque nós já passamos de um longo período de educação e agora começamos nesse momento a agir da forma como todas as cidades fazem. Eu acredito que essa é a forma mais drástica de fazer realmente diminuir o número de acidentes que é necessário em Boa Vista”, destacou.

As avenidas que serão contempladas com a implantação de radares de velocidade são: Brigadeiro Eduardo Gomes, próximo ao Parque Anauá, no bairro dos Estados, zona norte; Ville Roy, próximo à Igreja Nossa Senhora da Consolata, no bairro São Vicente, zona sul; Mário Homem de Melo, próximo à Companhia de Desenvolvimento do Estado de Roraima (Codesaima), bairro Mecejana, zona oeste; e Ataíde Teive, próximo ao hospital da Unimed, no bairro São Vicente.

O sexto e último radar será o da Avenida Ville Roy próximo à Praça Mirandinha, no bairro Caçari, na zona leste. Com isso, o equipamento, antes educativo, também passará a ser repressivo, ou seja, o condutor que for flagrado excedendo o limite de velocidade poderá sofrer multa.
“Essas mudanças serão gradativas e o foco delas é realmente a diminuição de acidentes de trânsito, já que, segundo a Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Trânsito [SMST], houve uma diminuição de 25% nas estatísticas de mortes no trânsito na Capital, isso levando em consideração somente o 1º trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado”, frisou a prefeita.

SEMÁFOROS – Outra medida anunciada na coletiva foi a implantação de um sistema integrado para monitoramento de semáforos. A ferramenta permite detectar todos os pontos de semáforos da cidade, permitindo a correção de falhas, ajuste de temporizadores e fazer o acompanhamento real dos equipamentos. Todas as imagens serão enviadas para a central de monitoramento, implantada no Terminal João Firmino Sampaio, no bairro Buritis, zona oeste, chamado popularmente de “Terminal do Caimbé”.

“Só para ter uma noção, em 2013, a Capital tinha apenas 25 semáforos e, hoje, já são 56, além de mais quatro que serão implantados ainda ao final desse ano. Desse quantitativo, seis receberão esse equipamento de acompanhamento em tempo real, sendo eles os semáforos das avenidas Ville Roy com Santos Dumont, Mário Homem de Melo com Venezuela, Ataíde Teive com Venezuela, Major Williams com Ene Garcez, Izídio Galdino e Nazaré Filgueiras e no Centro Cívico”, disse.

CUSTOS – Segundo o secretário municipal de Segurança Urbana e Trânsito, Raimundo Barros, todo o investimento relacionado aos equipamentos se dará por meio de contrato de aluguel, que deverá custar aos cofres do município cerca de R$ 100 mil mensais.

“Mesmo com a implantação de todas essas medidas, os índices de acidentes de trânsito ainda continuam bastante expressivos. A gente espera que, com esse reforço, haja uma melhora na conscientização das pessoas sobre isso. Em relação aos investimentos que serão aplicados nesses equipamentos, como eles ainda estão em fase de implantação, nós ainda não estamos pagando nada. Somente após a aferição pelos fiscais de contrato é que será gerado o valor a ser pago, mas nós acreditamos que ficará numa média de investimento mensal de R$ 100 mil”, disse. (M.L)