AGENDA DA SEMANA

Presidente da Caer explica como a companhia está lidando com a crise hídrica em Roraima

James Serrador contextualizou a crise a apontou que os municípios dependentes de barragem são os mais afetados neste período.

James Serrador fala dos municípios mais afetados pela crise hídrica (Foto: Arquivo/Folha)
James Serrador fala dos municípios mais afetados pela crise hídrica (Foto: Arquivo/Folha)

O programa Agenda da Semana deste domingo (3) recebeu o diretor presidente da Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer), James Serrador, que falou sobre a crise hídrica no Estado.

James contextualizou a crise a apontou que os municípios dependentes de barragem são os mais afetados neste período.

“Vivemos uma crise hídrica. Municípios em colapso e o termo é esse. Parece muito forte mas é colapso no abastecimento de água bruta. A gente precisa do manancial para poder captar essa água e transformá-la em água potável e Pacaraima está com a barragem seca. Nós já estamos captando água de poços a 100, 150 metros, bombeando para a barragem. Você faz uma adutora emergencial, coloca um motor de grande proporção e transporta essa água pra lá, pra ter alguma água para produzir (…) Em São Luiz do Anauá, a barragem secou completamente e não tem condição de captar. A Prefeitura agiu rapidamente e colocou quatro máquinas para fazer a reescavação da barragem, mas isso não resolve. Em Baliza, a mesma coisa (…) Rorainópolis, se não fosse a curva do Rio Anauá, que tem muita profundidade, também já estaríamos com problema. Então Pacaraima, São Luiz e Baliza são municípios em que o abastecimento está comprometido de 40 a 50%”

Ele destacou as ações do Governo de Roraima por meio da caer, dando ênfase na perfuração de novos poços onde a crise é mais acentuada.

“Graças a Deus e a sensibilidade do governador Antonio Denarium com a área do saneamento e o respeito ao trabalho feito pela Caer, ele tem garantido os recursos. Estamos com um contrato de perfuração de 50 poços já ativos. Desde ontem as máquinas já estão, simultaneamente, em Pacaraima e São Luiz perfurando novos poços. Vamos ainda perfurar mais dois poços em Baliza e dois poços em Campos Novos. Isso já está contratado, com ordem de serviço, só desenvolver o cronograma (…) A gente espera, dessa forma, atenuar. Temos que encontrar água também, em quantidade razoável e são localidades em que a água é escassa (…) Em todos os locais em que a água depende das represas, estamos com problemas sérios”

James explicou que, por meio de bombas de captação superficial, o abastecimento da capital ainda não está comprometido.

“Em Boa Vista, só não enfrentamos racionamento porque a Caer implantou um outro sistema de captação, além das bombas submersas. Com o nível do rio que tem hoje, ja negativo, nós já teríamos que ter desligado uma das bombas, mas não desligamos. Ao contrário, nós ampliamos. No final de dezembro implantamos um sistema de captação superficial, com uma balsa, que capta até 400 litros por segundo”

Ele reforçou a atuação da Caer por meio dos caminhões pipa e apontou que, apesar da responsabilidade ser das defesas civis municipais, o Estado tem atuado nas providências pelos caminhões.

“Já estamos contratando [caminhões pipa], apesar de ser uma responsabilidade da Defesa Civil Municipal. Quando você tem um decreto de estado de emergência, como é o caso, elas tem que atuar na distribuição em caminhão pipa. A Caer tem que produzir. Mas nós, Caer, com recurso, já temos o caminhão distribuindo para a população e já estamos providenciando mais um. Também estamos em contato com o Coronel Anderson, da Defesa Civil Estadual, que está em contato com a Operação Acolhida em Pacaraima, destine um caminhão para auxiliar na distribuição de água nos abrigos. E estamos contratando pelo menos 3 caminhões para captar água bruta, lá da comunidade da Boca da Mata, no Rio Surumu, pra trazer agua para produzir”

Confira a entrevista completa no Agenda da Semana