Na manhã desta sexta-feira, dia 05, os ex-moradores da Raposa Serra do Sol, que desde o sábado passado, 30 de agosto, invadiram um terreno do Governo do Estado, no bairro Caranã, próximo ao residencial Jardim Floresta, para protestar contra o Governo e os órgãos reguladores de terra em Roraima, participaram de uma reunião com o diretor-presidente do Iteraima (Instituto de Terras e Colonização de Roraima), Haroldo Amoras.
Segundo o líder do movimento, Edivan Silva, a reunião foi para que os manifestantes entregassem a pauta de reivindicações elaborada por eles, no qual foram formalizados os pontos que os manifestantes vêm reivindicando, que são: habitação para todos os desintrusados, que ainda estão desabrigados, e titulação e documentação dos terrenos para que eles possam produzir. “Eles nos prometeram que irão nos enquadrar nos programas habitacionais do Governo, até que todos nós recebamos nossas terras”, disse Edivan Silva.
O grupo de 60 famílias de ex-moradores da Raposa Serra do Sol está protestando há uma semana, mas apesar deles alegarem desde o primeiro momento que o manifesto era pacífico e que só queriam chamar atenção das autoridades, por algumas vezes houve conflito com as equipes da Emhur (Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional), que em determinado momento, segundo os desintrusados, chegou até a atingir o dedo de um manifestante com um facão enquanto tentava retirar os cartazes afixados pelo grupo.
Eles alegam que desde a demarcação das terras indígenas o Governo prometeu a relocação deles e até hoje não cumpriu. Há dois anos foi firmado um compromisso junto à Prefeitura, Governo do Estado e Governo Federal que lhes daria novas terras, como forma de compensar a retirada dessas pessoas do território indígena, na época da homologação. O grupo alega que desde então está sem moradia.
A equipe da Folha que esteve presente no local da reunião, na produtora do senador Romero Jucá (PMDB), no bairro Caçari, mas não pôde participar. (JL)
Cotidiano
Presidente do Iteraima recebe reivindicações de manifestantes
Segundo os ex-moradores da terra indígena, o presidente do Iteraima teria se comprometido a encaixá-los em programas habitacionais do Governo