Cotidiano

Preso usa videoconferência para falar com família na Colômbia

Pela primeira vez, a Sejuc (Secretaria de Justiça e Cidadania) realizou uma videoconferência que permitiu o contato entre familiares e um interno da PAMC (Penitenciária Agrícola de Monte Cristo). A ação ocorreu nesta quinta-feira, 5.

Anderson Maurício Ganzales Usina, de cidadania colombiana, preso por roubo desde junho deste ano, não tinha contato com a família que mora em Medelin, na Colômbia, há aproximadamente seis meses.

A videoconferência ocorreu após uma solicitação do Consulado da Colômbia, em Manaus, por meio do Desipe (Departamento do Sistema Penitenciário) e do Departamento dos Direitos Humanos Justiça e Cidadania.

O titular da Sejuc, André Fernandes, destacou que essa foi uma ação importante e revolucionaria no sistema prisional de Roraima. “Estamos garantindo um direito ao interno que precisa do contato familiar. Estamos agindo dentro da Lei, promovendo a cidadania e com total segurança”, explicou 

Condenado a oito anos de reclusão, Anderson se emocionou ao rever os familiares que estavam todos reunidos na casa de sua mãe, em Medellin. “A mãe do interno enviou um vídeo agradecendo a atenção e externando a sua felicidade em rever o filho. Ela chegou a pensar até que poderia não estar mais vivo”, lembrou o secretário.

Fernandes disse que essa prática já vem sendo realizada pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional) e que pretende estender a ação com o auxílio da Defensoria Pública do Estado e do MPRR (Ministério Público de Roraima). “Queremos proporcionar o contato dos internos que têm familiares interior do Estado”, argumentou.

Ele ressaltou ainda a importância dos presos terem o contato com a família. “Esse contato é bom por dois motivos: para a família ver como o interno está sendo tratado e também por permitir a participação social”, mencionou.

Para o Departamento de Direitos Humanos, Justiça e Cidadania, a medida da Sejuc é uma ação humanitária, atendendo ao princípio da dignidade da pessoa humana, “visto que o interno não tem qualquer familiar residindo no Estado, e isso garante a ressocialização do preso”.