Primeira coronel mulher da PMRR destaca sacrifícios da profissão

Com a pandemia do coronavírus, alguns serviços não cessaram os seus trabalhos, pois são essenciais à população. A Polícia Militar de Roraima, que está sempre lidando com pessoas e situações difíceis, é um deles. Entretanto, no Dia Internacional da Mulher (8), a primeira policial a conquistar o posto de coronel da PMRR relembra os desafios enfrentados na profissão.

Valdeane Oliveira (40), coronel desde agosto de 2020, é natural do estado do Maranhão, porém chegou às terras roraimenses em 1995, com apenas 14 anos. Inicialmente, o objetivo era morar com o irmão, que já trabalhava na PM, e terminar os estudos. 

Desde jovem, ela via a carreira do irmão como uma grande inspiração, até que, no ano de 2000, Valdeane foi aprovada para fazer parte da primeira turma em que foi permitida o ingresso de mulheres no corpo da PMRR.

“Em uma profissão, na qual é necessário ter características de brutalidade, autoridade e força, as mulheres são vistas como frágeis. Quando nós entramos na corporação, eu lembro que o nosso comandante tinha até medo de nos colocar pra trabalhar nas viaturas. Então é um grande desafio trabalhar quebrando essas barreiras”, esclarece a coronel, que faz parte da corporação há 21 anos.

Além disso, ela destaca a importância de ver mulheres atuando em cargos de poder que geralmente são compostos por homens, tanto na PM, quanto na justiça e em diversas outras áreas.

A oficial da PM, que já trabalhou em quase todos os batalhões da Polícia Militar de Roraima, ainda ressalta que a carreira policial é cheia de sacrifícios, então é preciso estabelecer um equilíbrio profissional e familiar, cuidando tanto da saúde física, quanto mental.

Em relação à situação pandêmica em que o mundo vive, Valdeane adiciona: “Apesar de adotarem todas as medidas de segurança sanitária, a PM é um serviço essencial, então estamos sempre atendendo ocorrências, lidando com inúmeras pessoas e situações. Em consequência disso, muitos profissionais da polícia adoeceram e vieram a óbito. Por isso é importante se cuidar ao máximo”.

Por Camilla Salustiano – estagiária da FolhaBV

Coronel destaca a importância de ver mulheres atuando em cargos de poder que geralmente são compostos por homens

(Foto: Diane Sampaio/FolhaBV)

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