A Igreja Católica realizou, no feriado de ontem, a tradicional procissão fluvial em homenagem ao Dia de São Pedro, padroeiro dos pescadores. Às 17h começou o transporte da imagem do santo por embarcações no Rio Branco. Os fiéis acompanharam a imagem saindo do porto Marina Meu Caso, no bairro São Pedro, zona Norte. A imagem seguiu por balsa com centenas de devotos até a Orla Taumanan, no Centro Histórico de Boa Vista.
Depois de uma hora e meia, a imagem retornou ao ponto de partida, de onde foi levada em procissão até a Igreja de São Pedro, a poucos metros do porto. No local, para garantir a segurança dos participantes, havia equipes do Corpo de Bombeiros e Departamento de Trânsito (Detran).
O Padre Mário Castro explicou que São Pedro tem uma importante representatividade para a Igreja Católica, pois foi o primeiro que Jesus Cristo nomeou apóstolo. “Ele é visto pelos fiéis como líder da nossa igreja, mediador das causas, santo protetor e, além do mais, é representado pela figura do Papa, por isso ele tem muita significância para religião católica”, frisou. “Os santos têm uma grande carga, pois o povo coloca muita fé e sinal de união”.
Ele afirmou que a participação dos católicos na procissão girou em torno de cinco mil, contando com os que estavam presentes à missa, no final da tarde, e ao arraial realizado no pátio da Igreja São Pedro, à noite.
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O biólogo João Ferreira, de 53 anos, disse que é a segunda vez que acompanha a procissão em Boa Vista. “Acho bonito esse costume da igreja. É uma questão cultural e de tradição muito interessante. Sou cristão e gosto de participar desses eventos”, frisou.
A aposentada Alaíde da Silva, de 73 anos, disse que participa do rito católico todos os anos. “Venho sempre e acho maravilhosa a procissão, sinto minha fé renovada e me lembra muito minha mãe, pois me acostumou a seguir a tradicional procissão e missa de São Pedro”, ressaltou.
Outra fiel, a comerciante Rossicleide Rabelo, de 59 anos, disse que frequenta a procissão desde criança e, mesmo quando se tornou adulta, nunca abandonou o costume. “Minha fé se renova a cada ano que venho, é uma cultura muito bonita, que repasso aos meus filhos e netos”, afirmou. (T.C)
