FABRÍCIO ARAÚJO
Colaborador da Folha
O final do ano se aproxima e traz junto tradições como os presentes de natal e da brincadeira do “amigo oculto”. O povo brasileiro tem um costume de deixar este tipo de compra sempre para a última hora, mas não é um hábito aconselhado por especialistas. O Procon Roraima recomenda que os consumidores pesquisem as possibilidades primeiro, conheçam bem o perfil de quem pretendem presentear, na hora da compra se certifiquem de que a loja oferece troca e guardem os comprovantes de compras.
Gosto pessoal é difícil de acertar, assim como informações sobre o tamanho de vestimentas e calçados sempre causam controvérsia, logo as trocas são muito comuns neste período. Mas não é uma obrigação dos estabelecimentos ofertar o serviço de troca. A prática só é comum porque atrai clientes, por isso é necessário questionar no momento da compra se a loja trabalha com trocas, caso a resposta seja afirmativa ainda é necessário conhecer as condições impostas pelo estabelecimento.
As promoções também são uma estratégia comum deste período, mas se acontecer de o produto ser reajustado para cima após a compra e, for necessária a troca, isto não deve ser levado em conta. Já em caso de pedido de reembolso, o valor será exatamente o que constar na nota fiscal. “Se apareceu algum vício ou defeito depois, primeiro é enviado para a assistência técnica que tem até 30 dias para dar uma reposta. Mas em relação ao aumento do valor deste produto não existe isso, em caso de reembolso será o valor que foi pago”, afirmou o coordenador do Procon, Lindomar Coutinho.
É importante que os consumidores guardem a nota fiscal porque se houver algum dano em relação ao produto, como defeito ou vício, é possível contestar ao fornecedor usando a nota como uma prova de que comprou o produto em determinado estabelecimento comercial. Já no caso de quem usa cartão de crédito é necessário estar atento aos comprovantes de compra.
Recomendação do coordenador do Procon, Lindomar Coutinho, é que consumidor faça planejamento financeiro (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
“É preciso guardar sempre as faturas do cartão de crédito, verificar sempre o comprovante porque quando se digita a senha, sai o comprovante e muitas vezes os consumidores não querem para não acumular papel, mas às vezes o valor não está certo, então é necessário o comprovante”, reforçou Coutinho.
CONTAS – O cartão de crédito não é uma extensão de renda, todas as contas precisarão ser pagas em 30 dias, portanto, também é necessário ficar atento ao quanto se gasta com mimos para amigos e familiares. A recomendação dada por Coutinho é que compras devem ser, sempre que possível, à vista ou verificar se a parcela do cartão de crédito cabe no orçamento.
“O ideal seria ter uma planilha financeira, em que o consumidor faça o planejamento familiar das compras e tudo que for gasto durante o ano deve ser anotado na planilha porque haverá uma noção do valor gasto e do que sobrará. Quando se utiliza essa planilha com certeza será necessário os comprovantes de compras realizadas. É possível separar em uma pasta de comprovantes para cada mês. O ideal é organizar de uma forma que se tenha como verificar onde você gastou determinado valor e que não lembra”, sugeriu o coordenador do Procon. (F.A)