Além de água e sabão, o álcool em gel é o produto mais recomendado para a higienização das mãos na prevenção ao coronavírus. Por isso, o produto passou a ser uns dos itens mais procurados em supermercados e farmácias de todo o país, inclusive em Roraima.
Em alguns estabelecimentos o produto já sumiu das prateleiras. O Procon Estadual emitiu nota recomendando aos comércios que limitem a venda por cliente.
“Diante da pandemia do COVID-19, a recomendação é que os comerciantes façam a limitação da venda do álcool em gel e de máscaras para beneficiarmos um número maior de consumidores”, informou a nota.
De olho nas variações de preços, o Procon Estadual dará continuidade a partir desta segunda-feira (16) a uma fiscalização nas farmácias para observar os valores cobrados na venda de álcool em gel e máscaras, itens básicos de prevenção contra o coronavírus.
“Já começamos a fazer um levantamento de preços de álcool em gel e de máscaras nas grandes farmácias. A partir desta segunda-feira vamos às pequenas farmácias”, disse o diretor do Procon Estadual, Lindomar Coutinho.
O trabalho é desenvolvido da seguinte forma. Os agentes do Procon pegam o preço praticado desses produtos no sistema das farmácias, bem como entram no estoque e observam se tem ou não os produtos para venda.
“Em um documento anotamos o preço de revenda e agora estamos esperando chegar a nova aquisição de álcool em gel e máscaras, quando iremos solicitar as notas fiscais da compra atual para comparar com o valor do estoque anterior”, ressaltou Coutinho.
“Se não houver diferença de preço, não há motivos para que os donos de farmácias aumentem o valor, porque não se pode tirar vantagem excessiva do consumidor em virtude de uma situação de risco de saúde mundial, que ocorre nesse momento por causa do coronavírus”, afirmou o diretor do Procon Estadual.
Álcool em gel
A produção da Companhia Nacional do Álcool (CNA), maior fabricante brasileira de álcool em gel, vai saltar de 120 mil frascos de 400 gramas por mês, antes da epidemia de coronavírus, para mais de 6 milhões em março, segundo estimativa da empresa. Para atender à nova demanda, a força de trabalho foi ampliada em cerca de 50% e a produção passou a ser ininterrupta.
Em fevereiro, quando foi confirmada a primeira infecção no Brasil, 1,2 milhão de unidades haviam sido vendidas. Até o dia 3 de março, a demanda por álcool em gel deve ser ainda maior nos meses seguintes. Para abril, a CNA planeja iniciar a quarta e a quinta linhas de fabricação.
“Nossa preocupação é conseguir atender ao mercado dentro de uma crise tão grave”, afirmou o presidente da empresa, Leonardo Ferreira.
Ele garante que a companhia não aplicou aumento de preço aos produtos que vende ao mercado.
Em várias cidades do país, há relatos de desabastecimento de álcool em gel em farmácias e supermercados. Especialistas orientam que lavar bem as mãos com água e sabão também é eficaz para se prevenir da contaminação.
Para conter a disseminação da epidemia, a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) emitiu orientações aos estabelecimentos. Entre elas, a de que clientes comprando antitérmicos e antigripais deverão ser abordados para identificação de eventuais sintomas compatíveis com os do coronavírus.
Além disso, as gôndolas de autoatendimento das farmácias deverão ser desinfetadas frequentemente com álcool em gel.
Até a noite de domingo, 15, o número de casos confirmados no Brasil era de 200, com outros 1.913 sob investigação. Os números são do Ministério da Saúde.