O procurador Paulo Sousa, do Ministério Público de Contas de Roraima (MPC-RR), protocolou nesta quarta-feira, dia 12, representações com pedidos de Intervenção Federal nas unidades de saúde pública do Estado. Os pedidos forma formalizados pela manhã no Ministério da Saúde (MS) e na Procuradoria Geral da República (PGR).
Sousa explicou que as representações se deram após uma diligência feita por ele no Hospital Geral de Roraima (HGR), no último dia 05, onde constatou inúmeras irregularidades e problemas naquela unidade.
Entre os problemas encontrados estão a falta de material de proteção adequada aos servidores, roupas de camas insuficientes aos leitos, tomógrafo quebrado, falta de medicamento, limpeza precária, além de falhas estruturais no prédio, como goteiras, rachaduras, mofo nas enfermarias e nos corredores do hospital.
Durante a fiscalização, alguns pacientes conversaram com o procurador e relataram a situação que se encontra o hospital. “Nós estamos correndo risco aqui. Tanto risco em relação a nossa patologia, como o de infecção, porque só o que nós escutamos falar nos corredores, é que o hospital está contaminado e está piorando”, disse uma paciente que não quis se identificar e está internada aguardando exame para posterior cirurgia.
Na representação, o procurador relata que “épúblico e notório que, já não é de hoje, que a situação da saúde pública em Roraima está imersa em profundo caos e, se encontra assim diante a irresponsabilidade dos gestores públicos do Estado. Mesmo decretado estado de calamidade pública, a população não tem sentido nenhuma melhoria nesta área”.
“A exemplo do sistema prisional cuja situação melhorou bastante com a Intervenção Federal, precisamos urgentemente desta intervenção nas unidades de saúde em Roraima, só assim todas as deficiências serão saneadas pelo Governo Federal e a população sentirá o efeito imediato na melhoria da qualidade dos serviços oferecidos por todas as unidades de saúde. Vamos acompanhar de perto essa solicitação, para que essa intervenção possa acontecer o mais rápido possível”, finalizou Paulo Sousa.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) e aguarda resposta.