“Andar com a janela do carro aberta, levar meu filho para passear na praça e ter oportunidade”, foram coisas simples – mas raras hoje em dia – que fizeram a cearense Cleide Fernandes Bezerra permanecer em Boa Vista. Dez anos depois de chegar à capital, o sentimento de amor pelo lugar que lhe acolheu só aumentou e ela resolveu marcar isso na pele, para o resto da vida. A professora do Instituto Federal de Roraima tatuou a logomarca da campanha Eu Amo Boa Vista como forma de agradecer e reconhecer tudo que a Terra de Macunaíma trouxe de importante para a sua família.
Ela chegou em Boa Vista no ano de 2005, veio com o marido e o filho de um aninho. O plano de morar aqui era temporário, duraria um ano, apenas o período em que seu esposo tinha sido contratado para trabalhar em uma empresa local. Mas no meio do caminho dessa história havia uma cidade de braços abertos: com avenidas largas e um povo acolhedor. A mistura de floresta e lavrado encantou os olhos e conquistou o coração da cearense.
Desde o dia em que Cleide pisou pela primeira vez em solo boa-vistense, muita coisa mudou. Hoje ela e o marido são servidores público, federal e estadual. A família cresceu. Um roraimense já integra a árvore genealógico dos Bezerras. “Eu, meu marido e os dois filhos amamos Boa Vista. Eu não nasci aqui, mas quando pude escolher, resolvi morar neste lugar”, enfatizou a professora.
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E todo esse amor está no coração e na pele de Cleide. Ela procurou um tatuador e marcou no corpo a gratidão pela capital. “Eu sempre tive vontade de tatuar algo que simbolizasse a região. Já tinha pensado em fazer o desenho de uma tornozeleira indígena. Mas quando vi o sucesso da campanha e como isso mexeu com todo mundo, resolvi tatuar a logo para registrar minha gratidão ao local que me acolheu”, disse Cleide, orgulhosa.
Eu Amo Boa Vista – A Campanha Eu Amo Boa Vista começou no mês de aniversário dos 125 anos da cidade. Ela foi idealizada para trazer à tona esse amor e vontade de transformar Boa Vista na melhor capital do país em qualidade de vida. A intenção era justamente tocar o coração daqueles que escolheram pertencer a este lugar, sejam ele nascidos, criados ou adotados.
