Cotidiano

Professores de Rorainópolis contestam informações da Prefeitura

Um dos pontos questionados pelos grevistas é quanto a atualização do salário para o piso de 2016. Segundo o sindicato, uma minoria está recebendo o piso atualizado

O Sindicato dos Professores do Magistério e Licenciados de Rorainópolis (Sinpmur) contestou hoje (11) a nota de esclarecimento divulgada pela Prefeitura do Município sobre as reivindicações da categoria, que iniciou nesta quarta-feira uma greve por tempo indeterminado.

O representante do grupo de negociações do Sinpmur, professor Reginaldo Serrão, afirmou que o Município está distorcendo algumas informações para colocar a população contra a categoria que paralisou suas atividades em buscas de melhorias.

Segundo ele, um dos pontos que foi distorcido pela administração municipal trata-se da divulgação sobre a atualização do salário dos professores de Rorainópolis para o piso salarial de 2016. De acordo com o sindicalista, a Prefeitura fez, sim, a atualização dos salários, mas apenas de alguns professores.

“Na realidade, o que nós temos aqui é que a Prefeitura atualizou o salário para o piso atual de R$2.135,64 para uma minoria. Ou seja, apenas os professores concursados e seletivados que entraram no ano passado estão recebendo esse valor. Mas os professores efetivos de 2004 e 2009 continuam recebendo salário com o piso de 2015: R$1.917,00”, explicou.

Serrão afirmou que aproximadamente 160 professores do município ainda recebem com o piso defasado, do total de 209 profissionais que hoje são contratados da Prefeitura. Ainda com relação a esse valor, ele ressalta que os demais benefícios que são pagos com percentual em cima do salário do professor também estão defasados.

“Por exemplo, o benefício por titulação, graduação, pós-graduação, que são vantagens dadas através de escolaridade também continuam sendo calculadas com base no piso salarial do ano passado. Esse é o caso daqueles professores que fizeram cursos de aperfeiçoamento e ganham um benefício”, observa.

CALENDÁRIO
Outro ponto questionado pelo Sindicato trata da informação dada pela Prefeitura de que o pagamento dos salários dos professores é sempre feito até o quinto dia útil previsto em lei. O professor afirma que a categoria reivindica a elaboração e cumprimento de um calendário de porque o pagamento da Prefeitura de Rorainópolis “não tem dia nem hora pra sair”.

“É só pegar o extrato de qualquer professor para comprovar quem realmente está mentindo. Só pra dar um exemplo, esse mês de maio, o quinto dia útil desse mês foi o dia 6 de maio, na sexta-feira passada. No entanto, o salário só caiu na conta dos servidores hoje, dia 11 de maio, no oitavo dia útil”, explicou.

30 HORAS
O representante dos professores em greve informou que a unificação da carga horária que a categoria está reivindicando foi, inclusive, ponto de pauta entre o Sindicato e a Prefeitura. Segundo ele, o que os professores querem é que todos os profissionais tenham uma mesma carga horária e aqueles que passaram para 30 horas não tenham perda salarial.

De acordo com Serrão, os professores de 30 horas estão tendo uma perde de 15% do salário depois que mudaram a caraga horária. “O que nós queremos é a unificação da carga sem perda salarial alguma”, pontuou.

Por fim, o sindicalista afirmou que havia um acordo entre a Prefeitura e a categoria de que o pagamento do retroativo das progressões e dos quinquênios aconteceria no mês de abril. “Mas isso não aconteceu e agora a Prefeitura diz que vai pagar em maio”, completa.

 

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