O Centro Humanitário de Apoio à Mulher (Chame) aderiu à campanha “21 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, e segue com uma programação na capital e no interior, até o dia 10 de dezembro, com orientação nas escolas e empresas.
Na próxima segunda-feira (2), haverá uma roda de conversa com pacientes no setor de oncologia do Hospital Geral de Roraima (HGR), às 8h.
Nessa sexta-feira, 29, como parte da programação, foi realizado um sarau cultural para chamar atenção da população para a violência doméstica.
“Meu pai, vejo-te como um monstro, cruel, covarde, que destruiu nossos sonhos. Mãe não chora, eu amo a senhora. Vamos sair dessa casa, vamos embora!”, esse é um trecho do poema Maria, Mãe, Mulher, do autor Paulo Diego Brasil. A obra foi uma das lidas no sarau e retrata os pensamentos de um bebê que sofre na barriga da mãe, vítima de violência doméstica.
O poema prendeu a atenção da servidora pública Iara Loureto, que conta que a forma de receber a informação sobre a violência doméstica, por meio de sarau é criativa. “Uma iniciativa brilhante do Chame. Achei os poemas relevantes, até porque todos os dias a gente ver nos jornais várias mulheres que são mortas, vítimas da violência”, explicou.
No sarau, houve poesias e poemas sobre violência doméstica, com mensagens sobre como identificar e denunciar estes casos, apresentada pela equipe do Chame. Também teve música conduzida pelo cantor Alisson Cristian, conhecido pelas canções autorais.
A coordenadora do Chame, Elizabete Brito, explica que a instituição atua no acolhimento das vítimas e na prevenção, com palestras, panfletagem, e desta vez, com um sarau, para chamar atenção da população. “Nosso trabalho é levar a prevenção, e de atender. A gente precisa informar a população sobre os tipos de violência doméstica e como sair deste ciclo”, explicou.