Projeção estima erradicação da pobreza extrema em Roraima até 2026

No entanto, entre 2012 e 2022, a PNAD mostrou que a taxa de pobreza no estado aumentou 12,3%

Conforme o levantamento, atualmente Roraima tem uma taxa de 7,4% da população na extrema pobreza. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
Conforme o levantamento, atualmente Roraima tem uma taxa de 7,4% da população na extrema pobreza. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Roraima está projetado para erradicar a extrema pobreza até o ano de 2026, conforme os parâmetros do Banco Mundial. A estimativa é do levantamento Brasil em Mapas, baseado em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Os parâmetros globais do Banco Mundial define a erradicação quando menos de 3% da população ao nível de miséria sobrevive com menos de US$ 2,15 por dia ou R$ 209 por mês. Conforme o levantamento, atualmente Roraima tem uma taxa de 7,4% da população na extrema pobreza.

No entanto, entre 2012 e 2022, a PNAD mostrou que a taxa de pobreza no estado aumentou 12,3%. Roraima saiu de 33,4% para 45,1% da população vivendo com menos de R$ 637 por mês, um valor que representa pouco menos da metade do salário mínimo atual (R$ 660 em 2023). Além disso, o estado continuava ultrapassando a taxa nacional de pobreza, que no ano passado foi de 31,6% (equivalente a 67,8 milhões de brasileiros).

Além de Roraima, outros estados da Região Norte, como Amazonas e Acre, também estão projetados para erradicar a pobreza extrema nos próximos anos, com o último estado da federação a atingir esse objetivo sendo o Acre, em 2033.

Erradicação da pobreza extrema é meta global

A erradicação da pobreza extrema é uma meta global. A ONU estabeleceu como objetivo erradicar a pobreza extrema em todas as suas formas até 2030, definida como viver com menos de US$ 1,25 por dia. No Brasil, esse valor é ajustado para R$ 209 por mês, o equivalente a PPC$ 3,20 per capita por dia, considerando o poder de compra local.

A proposta visa garantir que nenhuma pessoa esteja nessa condição de vulnerabilidade até o fim da década, por meio de políticas de inclusão social e combate à desigualdade.

“Um ambiente gerenciado de forma sustentável é um pré-requisito para o desenvolvimento socioeconômico e a redução da pobreza. O meio ambiente natural fornece bens e serviços ecossistêmicos que geram renda, promovem a criação de empregos, diminuem a pobreza, contribuem para as redes de segurança e reduzem a desigualdade”, aponta a Organização Nacional das Nações Unidas.