AYAN ARIEL
Editoria de Cidades
#SemTempo? Confira o resumo da matéria:
A Casa Morada de Deus mantém sua estrutura por meio de doações adquiridas de porta em porta, sem nenhum tipo de patrocínio. Em 2017, duas pastoras evangélicas decidiram iniciar o projeto, que acolhe dependentes químicos e auxiliam em sua recuperação.
Em 2017, duas pastoras evangélicas decidiram iniciar o projeto da Casa Morada de Deus, que acolhe dependentes químicos e auxiliam na recuperação deles. Atualmente, a sede instalada no bairro Laura Moreira conta com quatro pessoas cuidando dos 13 internos do local.
Uma das criadoras do empreendimento, Jôsi Melo, conta que a necessidade de ajudar quem precisa foi a motivação para iniciar o acolhimento. “Também tem essa questão de que as autoridades em geral não se preocupam muito com essa situação. Não se tem esse apoio a essas pessoas que são dependentes químicas”, relatou a pastora.
A Casa Morada de Deus mantém sua estrutura por meio de doações adquiridas de porta em porta, sem nenhum tipo de patrocínio. “Do colchão até a alimentação, tudo é fruto de ofertas que conseguimos em nossas andanças”, acrescentou Jôsi.
Antes do início da Morada, as duas pastoras participavam de outro projeto que acolhia dependentes químicos e localizava-se próximo de onde as duas residem. Ali, elas mantinham a mesma rotina de ajuda. Porém, tudo mudou após um episódio.
“Em um determinado dia, uma pessoa acabou sendo retirada desse projeto à noite. Ele não tinha para onde ir e a casa da minha sogra estava desocupada. E como a gente gosta de ajudar as pessoas, conversamos e resolvemos levar ele pra esse lugar. Só que no mesmo dia, mais duas pessoas também foram dispensadas desse projeto e não tinham pra onde ir. Foi quando decidimos começar a ajudar. Quando vimos, tínhamos quatro, cinco, até chegarmos nesse momento”, relembrou a pastora.
Muitos daqueles que chegam à Morada de Deus pedindo auxílio já tinham ouvido falar do trabalho realizado e são sempre recebidos pelas coordenadoras da entidade. “A gente conversa e vê a realidade da pessoa. Aí, se ela realmente quiser, a inserimos no projeto para que possa se recuperar”, pontuou Josilene Soares, também criadora do lar de reabilitação.
Os internos se ocupam realizando a laborterapia, que são os deveres diários de manutenção da casa, orações e cultos, além de vários cursos que são ofertados pelo Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (Caps AD). Essas atividades ocupam a mente dessas pessoas atendidas pela entidade.
SEDE FEMININA – As duas pastoras têm planos de abrir uma nova sede da Morada de Deus, com atendimento exclusivo ao público feminino, algo inédito na Capital. Porém, elas ainda estão à procura de um lugar onde possa a vir funcionar esse novo local de acolhimento.
“Estamos nesse projeto para as mulheres que enfrentem o problema da dependência química e não têm onde ficar. O ideal seria conseguir uma chácara para trabalharmos com esse público, mas também não descartamos conseguir algum lugar aqui perto”, comentou Jôsi.
Aqueles que quiserem ajudar a casa Morada de Deus com itens como roupas, calçados, alimentos, material de higiene e limpeza pessoal, além de outros materiais, podem se dirigir à sede, que fica na rua CC-25, no 391, no bairro Laura Moreira, Zona Oeste da Capital. Ou se preferir, pode entrar em contato com as administradoras do projeto pelos telefones 99143-2422 e 99117-0244.