Cotidiano

Projeto desenvolvido por 280 alunos do IFRR conta a história de Boa Vista

Imagens, pinturas, fotografias e poemas vão integrar o projeto Memórias do Lavrado, cujo material será em macuxi, português, espanhol e inglês

O projeto Memórias do Lavrado, que prevê a publicação de dois livros contando a história de Boa Vista por meio de imagens, pinturas, fotografias e poemas, conta com a participação de 280 alunos dos primeiros anos do Instituto Federal de Roraima (IFRR).

Seis professores estão coordenando o projeto, que é financiado pelo Programa Institucional de Fomento ao Desenvolvimento de Projetos de Práticas Pedagógicas Inovadoras (Inova-IFRR). A previsão é de que os livros sejam publicados em abril de 2017, em quatro línguas: macuxi, português, espanhol e inglês. Um deles será didático, destinado aos estudantes do ensino fundamental.

Um dos coordenadores do projeto, professor Wemerson Antônio Soares, disse que um dos objetivos é fomentar a autonomia dos alunos, mostrando-lhes que é possível criar por meio da arte, além de entender a sua identidade cultural. “É importante que eles saibam que têm a capacidade de serem autores e não apenas receptores, podendo adquirir conhecimento e produzir por meio do saber”, frisou.

Os trabalhos são desenvolvidos com base em três temas relacionados a Boa Vista: construção da história, desenvolvimento e contemporaneidade. “Ou seja, o início do processo de formação da cidade, desde os indígenas até a questão do garimpeiro, a urbanização da Capital e Boa Vista nos dias atuais. Os alunos vão trabalhar de acordo com a sua interpretação destes temas”, destacou Soares.

Antes do início das produções, os alunos participaram de oficinas. “Foi trabalhada de forma integrada às técnicas de produção de texto, ilustração com giz, fundamentos históricos e geográficos, pinturas e fotografias que culminaram em um seminário sobre memórias”, relatou o professor.

Outra coordenadora do projeto, professora Roseli Anater, afirmou que nenhum aluno é obrigado a participar e que todos estão produzindo seu material de forma espontânea. “É uma iniciativa que fomenta o ensino dos alunos por meio de técnicas e do conhecimento. As imagens são produzidas conforme a experiência que cada um tem da cidade. O bom é ver que os estudantes estão empolgados e envolvidos no projeto”, ressaltou. (B.B)