Criado para melhorar a autoestima e promover o bem-estar das mães com filhos internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin), o projeto “Meu Bebê, Minha Vida” conta com a ajuda de voluntários e parceiros para dar continuidade aos serviços no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN). Idealizado pela assistente social Adália Siqueira, o objetivo é proporcionar momentos de lazer e aprendizado às mães.
Antes, as mães procuravam revistas para se entreter durante o período que ficavam na maternidade, mas, atualmente, as oficinas de beleza, artesanato, espiritualidade e as demais atividades de leitura desenvolvidas são a ocupação das mulheres com filhos internados na Utin, grávidas internadas na ala de alto risco e das que demonstram interesse em participar. Por mês, o número de participantes chega a 400.
Por ser um trabalho sem fins lucrativos, a assistente social explicou que doações e voluntários são necessários para a continuidade do projeto. Para as oficinas podem ser doados materiais de artesanato, como linha de crochê, agulha e material reciclado e material de beleza, como shampoo, condicionador, esmalte, acetona e maquiagem. Além de livros e revistas de diversos temas para a biblioteca improvisada.
São aproximadamente 20 parceiros, os quais podem colaborar da maneira que puder, doando materiais ou ministrando oficina às mulheres. “A sustentabilidade do projeto são as parcerias e voluntários, porque sempre que for preciso, eles estarão lá para apoiar. Às vezes fazemos festinhas de comemoração ao Dia das Mães, Natal, aniversário delas e até chá de bebê para aquelas que não têm quase nada”, explicou.
As oficinas e demais atividades são realizadas quase diariamente. Adália disse que a dependência de parceiros ainda não permite que todas as oficinas sejam fixas, como é o caso da de artesanato e a de beleza, que ocorrem nas terças e quartas-feiras. O projeto ainda conta com uma ação de filmes educativos escolhidos pela coordenação do projeto e pelas próprias mulheres. “Tentamos amenizar no que podemos a situação. Sabemos que não é fácil ficar meses ali”, disse.
Os interessados em participar do projeto, seja como doador ou voluntário de oficinas, devem se dirigir a recepção da maternidade, localizada na Rua Presidente Costa e Silva, bairro São Francisco, zona Norte da Capital, e procurar pela assistente social Adália Siqueira. O contato pode ser feito pelo telefone 4009-4900. “As ações têm base na Política Nacional da Humanização do Ministério da Saúde, mas o principal é o acolhimento entre as mães e, em especial, a autoestima”, frisou a assistente social Adália Siqueira. (A.G.G.)