Cotidiano

Protesto contra alta da gasolina já reúne mais de 300 caminhões na BR-174

A fila de caminhões que estão parados na rodovia já chega a 5km

Quase 24 horas depois do início da paralisação de caminhoneiros na BR-174, próximo do Matadouro e Frigorífico Industrial de Roraima (Mafir), o local permanece bloqueado para a passagem de quaisquer caminhões, tanto para sair quanto para chegar a Boa Vista. O protesto dos caminhoneiros acontece na altura do quilômetro 483 da rodovia.

No local, não foi encontrada a presença da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Aproximadamente 350 caminhões estão parados na rodovia. A alimentação e abastecimento de água estão sendo oferecidos por empresários, produtores e pessoas que passam pela BR-174 e apoiam o protesto dos caminhoneiros, que em todo país pararam desde domingo contra a nova política de reajuste dos combustíveis, praticada pela Petrobras desde julho do ano passado.

Segundo o porta-voz da categoria no local, o caminhoneiro Bazilio Diniz, a paralisação vai continuar sem previsão para acabar. “Estamos todos morando aqui, e ficaremos o tempo necessário. Todo mundo pode ficar aqui mais de um mês tranquilamente”, alertou.

Ele explicou que o movimento não está aberto para dialogar com a classe ou lideranças partidárias. Segundo ele, os caminhoneiros não pretendem politizar a ação e “perder o propósito principal de toda a movimentação: o pedido da redução dos impostos sobre o preço da gasolina e óleo diesel”.

“O dinheiro que eu poderia usar para minha família, para o estudo do meu filho, tudo vai para o imposto. Nós estamos ganhando o mesmo valor há tantos anos, mas os impostos só aumentam e comem mais cada vez mais o que a gente poderia economizar. Não apenas nossa, mas de todos os brasileiros”, relatou Bazilio.

Polícia Rodoviária – De acordo com o assessoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a instituição não é capaz de arcar com uma equipe que fique no local 24 horas por dia, devido as demandas constantes que precisam ser atendidas.

Entretanto, foi ressaltado que equipes da PRF passam por lá constantemente, e continuam negociando junto aos caminhoneiros formas de apaziguar a paralisação.

Mais informações sobre o andamento da paralisação estarão disponíveis na edição impressa desta sexta-feira, 25.