Uma recomendação para implementar protocolo de segurança nas escolas foi emitida nesta segunda-feira (17), pelo Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR). Por meio da Promotoria de Justiça da Pessoa com Deficiência, Idoso e Direito à Educação (PRODIE) e da Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude, o documento foi destinado às secretarias de educação públicas de Roraima, Boa Vista e Cantá, às instituições de ensino particulares e aos órgãos de segurança pública do Estado.
O órgão emitiu recomendação devido às notícias que evidenciaram a falta de controle eficaz na circulação de pessoas nas dependências das escolas e entorno, além do aumento da agressividade dos estudantes, que apresenta riscos às crianças e adolescentes matriculadas nas unidades escolares públicas e particulares. De acordo com o MPRR, é necessário um trabalho de prevenção, desde o acompanhamento psicológico até o preparo mais adequado dos professores para lidar com situações conflituosas entre os alunos, com o auxílio de investimentos em programas e projetos que os capacitem e conscientizem.
“Com o intuito de minimizar danos, as escolas precisam estar preparadas para situações de emergência (desabamentos, explosões, ataques), com protocolos específicos e treinamentos para saídas de emergência e rotas de fuga, considerando a área e perímetro em que estão inseridas”, informa o órgão, após apresentar recomendação às autoridades e representantes dos órgãos de segurança.
Jornalismo
O documento também recomenda ao Sindicato do Jornalistas Profissionais de Roraima (Sinjoperr) para que a mídia conserve o devido respeito às leis que proíbem conteúdos flagrantemente ilícitos, prejudiciais ou danosos. A intenção é prevenir a disseminação de notícias que incentivem ataques a ambientes escolares ou façam apologia a esses crimes ou aos praticantes.
“O MPRR trabalhou por essa união entre todos os atores estatais e não-estatais para que atuem de forma coordenada, cada um em sua esfera de atuação, e assim possamos manter as escolas e os adolescentes em segurança, exercendo seu direito constitucional de educação. Então, é um papel fundamental, pois só assim, em um momento como esse, podemos trazer todo mundo para a mesma mesa e refletir em conjunto a respeito do papel de cada um”, destacou o Promotor André Nova, um dos condutores da reunião.