Cotidiano

Qualidade de água é monitorada em BV

Vigilância Ambiental realiza até seis coletas diárias em 68 pontos espalhados pelos bairros de Boa Vista

A Prefeitura de Boa Vista anunciou a intensificação das ações de monitoramento da qualidade de água em toda a Capital, por meio do Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua). Os trabalhos são feitos em parceria com a Companhia de Águas e Esgotos (Caer). São 68 pontos de coletas espalhados pela Capital constantemente visitados pelas equipes do programa, que chegam a realizar, em média, seis coletas ao dia.

De acordo o diretor do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), João Neto, o objetivo das ações é garantir a qualidade da água consumida pela população seguindo todos os padrões estabelecidos pelo Ministério da Saúde (MS). “A preocupação é garantir de forma eficaz que essa água chegue à quantidade suficiente e que venha ao consumidor com qualidade, de tal maneira que ele possa utilizá-la de forma segura”, afirmou.

“Neste processo, a Caer, que é a empresa responsável pela distribuição local, realiza o tratamento da água, faz a coleta do material para a análise e manda os resultados para a coordenação do programa. Em contrapartida, nossas equipes vão a campo para fazer a coleta dessa água para comparar com os dados fornecidos pela companhia. Nesse caso, nós verificamos se todos os procedimentos adotados pela companhia estão sendo cumpridos, como análise dos padrões microbiológicos, PH, concentração de cloro, entre outros”, frisou.

Segundo Neto, a água consumida pela população da Capital é considerada adequada para consumo. No entanto, o departamento aponta que muitos bairros ainda apresentam níveis de cloro abaixo do estipulado pelo MS, que é de 0,2 miligramas por litro (ml).

“Isso não ocorre com muita frequência, mas às vezes algumas amostras do departamento não batem com os resultados apresentados pelo controle de qualidade da Caer. Vale destacar que essa disparidade de resultados não significa a presença de bactérias, mas baixa quantidade de cloro. Quando encontramos isso, nós enviamos uma notificação por escrito para a companhia, que realiza de imediato as correções, repetindo todo o processo novamente. Feito isso, o departamento novamente verifica se aquele problema foi realmente sanado”, destacou o diretor.

CAER – A Folha entrou em contato com a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer) para saber quais as iniciativas tomadas pela empresa no que diz respeito à qualidade da água que é distribuída à população boa-vistense. Em nota, o órgão ressaltou que seu Núcleo de Controle de Qualidade (NQC) segue uma rotina intensa de trabalho, segundo as diretrizes estabelecidas pela Portaria 2914/11, do Ministério da Saúde.

“Vale ressaltar que o Núcleo segue a análise por meio de um plano de amostragem, com a realização, por mês, de uma média de 256 coletas de água e todas apresentaram, até o momento, valor igual ou maior a 0,2 ppm de cloro, conforme estabelece a portaria, ou seja, conforme as análises realizadas pelo NCQ, a água distribuída pela Companhia está dentro dos padrões que a portaria exige”, informou.

A nota ressaltou que a companhia “tem se comprometido a prestar de forma adequada os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, com equilíbrio econômico financeiro, universalizando o atendimento, contribuindo para melhoria da qualidade de vida e da saúde da população”. (M.L)