Cotidiano

Quase 20 mil venezuelanos foram interiorizados este ano

Só em novembro, 1269 deixaram o Estado.

O General Manoel Antônio de Barros, Coordenador da Operação Acolhida, conversou, nesta quarta-feira (9), com a nossa equipe de reportagem e revelou que quase 20 mil venezuelanos foram interiorizados, este ano, apesar da pandemia.

“Só em novembro, 1269 venezuelanos deixaram o Estado. Alguns idosos, inclusive. A solução não é para todos mas é possível sim. E isso é fruto de parcerias, 11 ministérios estão envolvidos na operação, a sociedade civil”, disse.

O General Antônio Manuel de Barros assumiu a coordenação da Operação Acolhida em Janeiro (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Segundo ele, a interiorização e o fechamento da fronteira contribuíram para que a taxa de ocupação dos abrigos caísse pela metade.

“Hoje, há pouco mais de 3 mil venezuelanos abrigados. Nós já fechamos dois abrigos. O Palácio Latife Salomão já foi desocupado e está sendo devolvido ao TJRR (Tribunal de Justiça do Estado de Roraima)”.

Núcleo de Saúde da Operação Acolhida

Segundo o General Barros, já está funcionando no Abrigo Pricumã um embrião do Núcleo de Saúde da Operação Acolhida, onde estão aqueles que precisam de cuidados médicos.

“Isso ainda está sendo consolidado pelo Ministério da Saúde mas nós queremos oferecer atenção primária e secundária no local. A terciária, que são as cirurgias, não será possível”, disse.

Ainda de acordo com ele, será feita a gestão interna da saúde dentro da Operação Acolhida e a centralização, no sentido de identificar o problema e buscar o tratamento adequado.

“Nós já tínhamos o Hospital de Campanha, em Pacaraima, a Área de Proteção e Cuidados. O isolamento se transforma agora no Abrigo Pricumã, que atenderá também os casos suspeitos de Covid-19. Eles são identificados, consultados e isolados. Fazemos o acompanhamento e, se necessário, encaminhamos à rede pública de saúde”.