O ano de 2017 começará no vermelho para boa parte dos roraimenses. Segundo pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), e divulgada esta semana, o total de inadimplentes no Estado, em novembro, atingiu 46,42% da população. Como a grande maioria não consegue se recuperar do acúmulo de dívidas em menos de três meses, irá terminar o ano na lista de negativados.
De acordo com a pesquisa, o total de inadimplentes no País atingiu 58,5 milhões em novembro, o equivalente a 39% da população adulta brasileira. O número é 0,69% maior do que em novembro do ano passado, representando a entrada de um milhão de pessoas no período de um ano na lista de negativados. Somente na região Norte são 5,4 milhões de endividados.
De acordo com perfil de idade, prevalecem os devedores entre 30 e 39 anos. Na lista de inadimplentes, 49,59% ou 16,9 milhões estão nessa faixa etária. Já a participação dos jovens entre 25 e 29 anos é de 47,12%; entre 40 e 49 anos, de 46,32% e entre 65 a 84 anos, de 29,44%.
A Capital, Boa Vista, conforme a pesquisa, é a que tem o maior porcentual de famílias com dívidas em atraso. A taxa de inadimplência atingiu 44% das famílias no ano de 2016. Um dos principais motivos da grande parcela de famílias com contas em atraso é o alto grau de comprometimento da renda mensal com o pagamento de dívidas.
VOLUME DE DÍVIDAS – O levantamento também apontou alta de 3,81% na inadimplência dos consumidores em relação às tarifas de serviços básicos, como água e luz. Segundo a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caerr), atualmente, em Roraima, 71.197 consumidores estão inadimplentes, o que corresponde a quase R$ 47 milhões em débitos. A Eletrobras Distribuição Roraima afirmou que cerca de 10% dos 110 mil consumidores ativos junto à empresa estão inadimplentes. Ao todo, 89 mil faturas possuem débitos de forma cumulativa, ou seja, são de clientes que possuem várias contas em atraso.
Houve um recuo de 3,54% no volume de dívidas em comparação a igual mês do ano passado e por setor, com destaque para as contas de telefonia, internet e TV por assinatura. Especificamente, as dívidas de pessoas físicas caíram 14,90%.
Já as dívidas bancárias (atrasos no cartão de crédito, financiamentos, empréstimos e seguros) diminuíram 2,35% e as assumidas no comércio tiveram queda de 2,63%. Os bancos são os que concentram a maior parte das dívidas (48,24%), seguida pelo comércio (20,31%); comunicação (13,35%) e água e luz (7,96%). (L.G.C)