Nos seis primeiros meses do ano, o número de focos de calor no Brasil subiu 2% em relação ao ano passado, com 22.670 registros. O aumento na Amazônia foi maior que a média registrada no resto do país.
A queda vem sendo registrada desde 2020 e agora em 2022, registou um aumento de 17% apenas no primeiro semestre do ano. Segundo o boletim do INPE (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial), entre 1º de janeiro e 30 de junho, a Amazônia registrou 7.553 focos de calor, maior número desde 2019, quando os incêndios na região chamaram a atenção do mundo, foram 10.606 focos no mesmo período.
Os dados mostram que houve uma explosão de focos de incêndio em junho, com 2.562 registros pelo INPE o maior volume desde 2007. A situação do semestre também foi crítica no Cerrado, onde foram detectados 10.869 focos no primeiro semestre, o maior número para o período desde 2010.
Focos por bioma em 2022 (e comparação com o período de 2021):
Amazônia – 7.553 (+17%)
Caatinga – 826 (-48%)
Cerrado 10.869 (+13%)
Mata Atlântica – 2.533 (-32%)
Pampa – 392 (-27%)
Pantanal – 517 (+39%)
Total – 22.670 (+2%)
Greenpeace
A organização não-governamental lembrou que desde 23 de junho, o uso do fogo em território nacional foi proibido por 120 dias, de acordo com decreto presidencial (nº 11.100/22). E mesmo assim, 1.113 focos foram registrados na Amazônia desde então.
“A estação seca mal começou e a Amazônia já está batendo novos recordes na destruição ambiental. O ocorrido não surpreende visto que a região está sob intensa ameaça, com altos níveis de ilegalidade que continuam devastando grandes áreas e vidas. Esse cenário se fortaleceu nos últimos três anos na Amazônia como resultado direto de uma política aplicada com êxito que facilita e estimula o crime ambiental”, comentou Cristiane Mazzetti, porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil, em comunicado da entidade divulgado nesta sexta-feira, 1.
Com informações do Uol Notícias