Os problemas causados pela forte estiagem e queimadas prejudicaram a produção bovina em Roraima. Em razão disso, a partir de hoje, 29, o quilo da carne ficará mais caro nos mercados roraimenses. O valor cobrado pelo produtor direto no frigorífico era de R$ 10,50 por quilo, o que resultava em R$ 157,50 a arroba. Com o aumento, irá para R$ 10,80 o quilo e R$ 162 a arroba, um reajuste de 2,86%.
As informações foram repassadas pelo presidente da Cooperativa Agropecuária de Roraima (Coopercarne), Nadson Pinheiro.
“A estiagem traz as queimadas que levam pastagens, estruturas, cercas e currais, criando um transtorno para o pecuarista. Há também o grande número de animais indo para o mercado de Manaus”, relatou. Com o atual cenário, as vendas de boi vivo para o Estado vizinho serão estancadas e voltarão a ser comercializadas em Boa Vista.
O presidente informou que o último reajuste tinha sido feito em 2016 e que, caso haja melhora nas condições climáticas futuramente, será feito um estudo para avaliar se o preço ficará mantido ou será reduzido.
“As chuvas de agora não recuperam de imediato a pastagem, ainda leva em torno de 90 dias”, completou.
Atualmente, são quatro frigoríficos em funcionamento no Estado. O Matadouro e Frigorífico Industrial de Roraima (Mafir) continua fechado por ordem judicial e ainda não há previsão para abertura, entretanto, Pinheiro frisa que a falta de abatedouros no local não gera impactos.
A carne consumida em Roraima é da produção local, com pouca compra de Rondônia. “É irrisório em relação à cultura daqui, é o boi de carcaça. Aquele que vai no balcão e escolhe a carne”, completou.
EXPORTAÇÃO – De acordo com dados da Federação das Indústrias de Roraima (Fier), o saldo de exportação da carne em 2018 foi de US$ 251,6 mil de junho a setembro. O mês de maior exportação foi setembro, com US$ 232,5 mil. Os destinos foram a Guiana e Hong Kong.