A Petrobras anunciou mais um aumento no valor do combustível nas refinarias, fato que deve atingir o bolso do consumidor a partir da próxima semana. Segundo a estatal, o preço do diesel vai subir 4,3%, em média, e a gasolina 2,2%. A medida faz parte da política de preços da Petrobras, divulgada em outubro de 2016, em que os valores são reajustados mensalmente.
Se o reajuste for integralmente repassado ao consumidor final e não houver alterações nas demais parcelas que compõem o preço, o diesel pode subir 2,9% ou cerca de R$ 0,09 por litro, e a gasolina 1,2% ou R$ 0,04 por litro.
Em Roraima, o valor da gasolina em um posto de combustível na Avenida Amazonas, no bairro dos Estados, por exemplo, é R$ 3,82. Com o aumento, o preço poderá subir para aproximadamente R$ 3,86. O cliente que optar pelo valor promocional do produto, de R$ 3,69 para quem paga com dinheiro em espécie, vai pagar cerca de R$ 3,73.
Em outro estabelecimento, localizado na rua Alfredo Cruz, no Centro da Capital, o preço cobrado pelo diesel é R$ 3,26. Com o aumento, este valor poderá chegar a R$ R$ 3,34. Conforme um funcionário do local, na semana passada, o preço do produto era R$ 3,37.
O gerente de um dos postos visitados pela Folha, que preferiu anonimato, disse que a diminuição dos valores é uma estratégia de mercado para acabar com o estoque até a chegada do produto com o preço reajustado.
“Além disso, muitos postos têm mantido as promoções com preços baixos, independente dos reajustes, para manter a clientela. Hoje a concorrência está muito alta, então é preciso oferecer facilidades para o consumidor”, frisou.
A lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados. As revisões feitas pela Petrobras nas refinarias podem ou não refletir no preço final ao consumidor. Ou seja, quem vai definir o valor dos produtos são os próprios postos revendedores.
Para o gerente, o aumento do preço do combustível é negativo tanto para o revendedor quanto para o consumidor. “Todo mundo perde com este tipo de reajuste. No mercado, quanto mais barato o produto mais ele será vendido, o que é positivo para quem vende e para quem compra. Além de fazer circular o capital”, frisou. (B.B)