Cotidiano

Reajuste passará a valer no domingo

Para as residências de Boa Vista, o aumento da tarifa será de 40,33%, e para empresas, o percentual chegará a 43,65%

A partir de domingo, 1º de novembro, já estará valendo o reajuste autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na conta de energia elétrica dos consumidores de Boa Vista. O aumento se dará de forma gradativa e proporcional aos dias de consumo.

Para os consumidores residenciais, o reajuste será de 40,33%, enquanto que os consumidores de média e alta tensão, como no caso de alguns segmentos do comércio, terão percentual fixado em 43,65%. Com isso, consumidores que pagavam R$ 100,00 na conta de luz, por exemplo, terão um acréscimo de aproximadamente R$ 40,00 pela mesma quantidade de energia consumida no mês.

Comerciante desde 2008, Paulo Loureiro já começa a ficar preocupado com a situação. Além do aumento na tributação sobre bebidas alcoólicas, ele terá ficar de olho também no contador de energia. “O consumo mensal do meu estabelecimento fica em torno de R$ 3.200,00 e R$ 3.800,00. Esse reajuste vem justamente em um momento não oportuno, já que estamos próximos do período das festas de final de ano”, disse.

“Além do fato do Governo Federal ter aumentado a tributação do imposto sobre bebidas, agora eu terei mais um aumento no meu orçamento final. A gente está tentando, ao máximo, não aplicar isso no preço do produto, mas agora ficou ainda mais complicado”, complementou o pequeno empresário.

De acordo com a Eletrobras Distribuição Roraima, uma das justificativas para o reajuste seria a estiagem, que faz aumentar o uso da energia gerada pelas termelétricas, que é mais cara. “Esse reajuste é nada mais que a correção do Índice Geral de Preços sobre o Mercado (IGP-M), ou seja, dos custos da empresa somados à compra de energia. Este último foi o que teve maior impacto, porque houve uma correção do valor do ACR médio (Ambiente de Contratação Regulada), que impacta diretamente na compra de energia. Por estarmos passando por um período de dificuldade na parte de geração hídrica, essa correção do ACR teve impacto justamente na geração térmica, que é um pouco mais cara. Então, como elevou o valor desse tipo de energia, esse reajuste é repassado de imediato para a tarifa”, explicou.

Para o publicitário Diogo Barro, o aumento é abusivo e injustificável, uma vez que a qualidade da energia gerada para o Estado não é das mais compensadoras.

“O consumo mensal da minha casa é de no máximo R$ 280,00, e esse aumento é totalmente injustificável. A gente paga uma energia que já é cara e os serviços que são oferecidos aqui na Capital não compensam. Ultimamente, têm ocorrido muitas oscilações. Então, não há justificativa plausível para pagarmos por um serviço que não é confiável”, afirmou.