Rebanho de Roraima pode ter até 1 milhão de cabeças de gado em abril

O diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr), Vicente Barreto, esteve presente no domingo, 27, no programa Agenda da Semana, na Rádio Folha AM 1020, para falar sobre a certificação emitida pelo Ministério de Agricultura, atestando que Roraima é uma área livre da Febre Aftosa com vacinação.

Conforme o presidente, o status de livre de aftosa com vacinação para o Estado significa o fortalecimento de uma atividade que já é tradicional na região. “É um passo muito importante que fortalece a nossa pecuária, dá um novo rumo a esse setor importante do nosso Estado”, informou Barreto.

Para ele, o certificado colabora para a possibilidade de prestação de serviços entre Roraima e o mercado brasileiro. “Com a certificação, a gente pode consolidar mercados, como nós já temos com o Amazonas e podemos comercializar, se houver demanda para outros estados do Brasil. Quando nós tivermos a certificação de área livre reconhecida pela Organização Internacional de Saúde Animal, a gente pode alcançar até mercados internacionais”, disse.

Sobre uma possível previsão de uma extensão aos mercados internacionais, o presidente adiantou, no entanto, que a situação depende de outros fatores para ser consolidada. “Nesse pleito, nós vamos depender do Amazonas. Como nós estamos dentro de um contexto amazônico, que existe uma peculiaridade regional, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que é responsável pelo envio desse pleito para organização internacional, não sente a segurança de encaminhar um estado sozinho para alimentar essa fronteira internacional. É importante que o Amazonas também chegue ao estado de livre de aftosa, o que ainda se mostra difícil pela própria dinâmica das suas águas, falta de investimentos e pela forma como é feita a defesa agropecuária naquele estado”, declarou.

CRESCIMENTO DO REBANHO – Com a informação de que o rebanho de Roraima possui uma média de 900 mil cabeças, um número considerado pequeno ainda em comparação com os outros estados da região Norte, como é o caso de Rondônia, que possui um rebanho de cerca de 16 milhões de cabeças de gado, o presidente da Aderr revelou que acredita que as medidas de investimento realizadas pelo Governo do Estado e pelo setor privado vão criar resultados satisfatórios.

“É um desafio que nós não temos sombra de dúvida que vai ser atingido. Por conta da estiagem, houve uma redução nesse rebanho, mas, pela venda de vacinas, podemos avaliar um crescimento, pois nós já passamos de 900 mil doses. Eu acredito que em abril nós já vamos estar chegando a um milhão ou passando de um milhão de cabeças”, acredita Vicente Barreto.

“Essa confiança que o certificado de status livre de aftosa concede e os investimentos que estão acontecendo no Estado, como a instalação de um abatedouro de primeira linha, nos leva a crer que o pecuarista sabe que ele vai ter que aumentar o seu rebanho porque o aumento da demanda vai acontecer, então, estamos esperançosos. Esse desenvolvimento propõe todo um aumento de serviços e, consequentemente, vai gerar empregos e rendas para um número muito maior de pessoas”, espera o presidente. (P.C)