Na manhã desta terça-feira, 23, o presidente do Instituto de Previdência de Roraima (Iper), Ronaldo Marcílio Santos, entregou ao presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Henrique Machado, o relatório de auditoria que aponta indícios de irregularidades na aplicação dos recursos do instituto, causado por investimentos irregulares feitos em 2012.
Segundo Marcilio, o relatório é relativo às aplicações de 184 milhões que foram sacados da Caixa Econômica Federal e aplicados em fundos de investimentos privados, que não eram geridos pelo Banco do Brasil e nem pela Caixa. “Essa diversificação de aplicações ocasionaram esses prejuízos ao Instituto”, informou.
O presidente disse que os prejuízos chegam a quase R$ 69 milhões e, foram constatados quando a nova administração assumiu o governo em janeiro de 2015. “O mais preocupante é que esses 184 milhões ainda se encontram nesses fundos, a nova direção do Instituto já pediu o resgate, mais só será possível para os anos de 2016 e 2017 não podendo ser resgatado agora”, ressaltou Santos.
“O mais preocupante é que vários desses fundos existem créditos podres e que a tendência é que menos da metade desse montante investido nessas instituições privadas possam ser recuperados”, afirmou Marcílio.
Para o presidente do TCE, conselheiro Henrique Machado, o Tribunal já tinha realizado levantamentos em 2012 no Iper, ano em que foi constatado as maiores irregularidades. “Na época foi solicitada pela corte de contas o afastamento do presidente do Iper, deputado Rodolfo Braga, por suspeita de irregularidades”, disse Machado.
“Agora esse relatório será enviado para o Departamento de Fiscalização de Contas do Tribunal, onde será confrontado com a prestação de contas que temos do instituto, para unificar essas informações e poder detectar qual foi o verdadeiro prejuízo causado ao Iper, pelos administradores da época” pontuou o conselheiro.
Depois de feita as apurações o processo será enviado para os órgãos competentes de fiscalização de cobrança. Se for comprovado o desvio, os gestores envolvidos na fraude serão penalizados por improbidade administrativa, inabilitação para exercer cargos públicos e terão que ressarcir os valores aos cofres públicos.