Representantes da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) e da Cooperativa Brasileira de Serviços Múltiplos de Saúde (Coopebras) vão se reunir neste domingo, 10, a partir das 16h, com o intuito de discutir a situação dos serviços prestados pelos médicos cooperados. A informação foi confirmada à Folha pelo secretário de Saúde, Olivan Júnior.
Segundo o secretário, a ideia do encontro não é de penalizar nenhum profissional, mas tentar encontrar uma forma de atuação que beneficie ambos os lados e, principalmente, a população do Estado.
“Vamos fazer uma reunião às 16h, com a assessoria jurídica da Sesau e analisar as questões. Em seguida vamos sentar com a cooperativa. Desta conversa sair uma situação negociada. Caso contrário, vamos buscar uma solução dentro da legalidade”, disse Olivan.
O secretário citou, no caso, a medida adotada pela Sesau para retomar o serviço de limpeza nas unidades de saúde, após paralisação dos funcionários. Olivan alega ainda que a falta de profissionais é um dos motivos pela falta de funcionamento do Hospital de Campanha em Roraima. “Tenho o material, mas falta o corpo clínico”, afirmou.
O procurador adjunto do Estado, Ernani Batista, também acionou a Folha para dar mais detalhes do registro da ocorrência e acrescentar que recebeu a informação de dois secretários de Saúde de que não havia profissionais para prestar o serviço, sob a argumentação de que os funcionários não concordavam com o valor do plantão.
“Esse contrato com a cooperativa só tem uma forma de haver um aumento. Tem que comunicar de forma escrita e não, diante de uma situação de pandemia, orientar os seus cooperados a não prestar os serviços. Não temos problemas com a classe médica. Os médicos tem que ser valorizados, mas os serviços tem que ser prestados. E a questão de prestar o serviço com o valor de 50% maior viola as regras contratuais”, finalizou.
ENTENDA – O procurador-geral adjunto do Estado, Ernani Batista, registrou ocorrência na Polícia Civil na madrugada deste domingo, 10, sob alegação de que profissionais da saúde teriam se recusado a prestar serviço. Os funcionários em questão atuam por meio da cooperativa de saúde que fornece o trabalho ao Estado.
Em nota encaminhada à Folha, a diretoria da cooperativa negou as informações e afirmou que “não protocolou qualquer pedido de aumento no valor dos plantões, objeto do contrato celebrado entre a Coopebras e a Secretaria de Estado da Saúde de Roraima”.