Cotidiano

Revitalização da Praça do Centro Cívico não tem prazo de término

Na placa de identificação da obra, não constam informações como a data de início da reforma

A Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV) promoveu recentemente um intenso trabalho de revitalização das praças da Capital, no entanto, algumas delas foram deixadas de lado. É o caso da Praça do Centro Cívico, que teve a reforma iniciada em agosto do ano passado e até agora, depois de quase um ano, a obra permanece praticamente intacta.

Informações veiculadas pela PMBV na época do início das obras detalham que em junho de 2015, no dia 18, o Diário Oficial do Município homologou o contrato de uma empresa especializada para execução de serviços de recuperação da Praça do Centro Cívico. O projeto previa a construção de calçadas, arquibancadas para o coreto, instalação de novos bancos e lixeiras, um posto de vigilância da Guarda Civil Municipal (GCM), quiosques de alimentação, revitalização do piso e a implantação de um pequeno anfiteatro.

As ações de recuperação foram oficialmente iniciadas no dia 8 de agosto de 2015, sendo consideradas somente como a primeira etapa do projeto. Outras duas etapas também foram anunciadas e, segundo a Prefeitura, estavam em fase de estudo e elaboração de orçamento. A PMBV informou ainda que a reforma seria dividida em três etapas em razão da extensão da Praça do Centro Cívico e seria um marco do aniversário de 125 anos de Boa Vista.

O aniversário de 126 anos da Capital já passou e, há quase um ano do início das obras de revitalização, o lugar permanece em obras. A equipe da Folha esteve na Praça do Centro Cívico e não verificou a atuação de trabalhadores no local e ainda percebeu que na placa de identificação da obra faltavam detalhes importantes, como a data do início do projeto.

Na placa, constavam os dados do recurso para reforma da praça, de origem do Ministério do Turismo e da Caixa Econômica Federal, na quantia de R$ 988.081,07 e com o prazo de 120 dias para término. A informação da data prevista para o encerramento da obra, sem a informação do dia em que a reforma foi iniciada, é quase que nula, considerando que a população pode não lembrar especificamente qual a época em que começou a reestruturação.

Sobre o caso, a Folha entrou em contato com a Prefeitura de Boa Vista para questionar o atraso no desenvolvimento da primeira etapa da obra e sobre o motivo da placa de identificação não conter a data do início da obra. Em nota, a PMBV não comentou o fato da falta de informação da placa, respondendo apenas que a revitalização realmente iniciou em agosto de 2015 e que “o atraso da obra ocorreu por conta da falta de liberação de recursos por parte do Governo Federal”.

Por fim, a administração municipal informou que as ações de reforma “consistem na revitalização do piso, construção de uma guarita para a Guarda Municipal e de uma lanchonete. Além da implantação de um anfiteatro pequeno, que em nada vai atrapalhar e não precisará mexer na estrutura atual da praça e nem no Coreto”. (P.C)