A situação do crescente garimpo em Roraima e seus impactos no meio ambiente, em especial nos rios Mucajaí e Uraricoera, foi alvo de discussão durante o programa Agenda da Semana na Rádio Folha 100.3 FM neste domingo, 11. Para o ex-deputado estadual Otoniel Ferreira, a exploração dos minérios está impactando rios e afluentes do estado, mas existem meios do ato ilegal ser interrompido.
Um dos pontos levantados pelo ex-parlamentar é a questão da dependência dos rios, que estão sendo impactados pelo garimpo em Roraima. No caso, por entender que muitas famílias dependem da água para sobreviver.
“Imagine a situação dos ribeirinhos. Milhares de famílias que moram às margens desses rios e não tem um copo de água para beber, nem um peixe para comer, para pescar. É preciso ter atenção à isso”, declarou se referindo à possibilidade de rios contaminados por minérios no estado.
O deputado completou que a exploração do minério da maneira correta é realizada em terras indígenas, sendo prevista na Constituição Federal, contanto que sejam ouvidas as comunidades moradoras da região e o Congresso Nacional.
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Otoniel cita que nesses casos, o ponto é que é repassado um percentual dos materiais explorados, aos indígenas, assim como é feito em algumas localidades do Amazonas. No entanto, não é esse tipo de mineração que se tem visto em Roraima.
O ex-deputado acrescenta que os órgãos fiscalizadores tem meios de interromper o garimpo ilegal em terra indígena. Um dos pontos é focar nos pontos que apoiam os garimpeiros, no caso, o abastecimento de combustível para os aviões e veículos; além da alimentação que mantém a rotina dos trabalhadores no minério.
“O garimpo só funciona com combustível e alimentação. Se quiserem dar um freio nisso enquanto se normaliza essa situação, seria interessante que as autoridades e outros órgãos possam coibir isso. Vamos dar um freio que a gente regulamenta isso. Não é apenas o dinheiro do garimpo que vai resolver as questões do nosso estado”, complementa.
