O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), participou de uma reunião com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, na tarde de ontem, 15, na sede da instituição em Nova York, nos Estados Unidos. Além de Maia, integram a comitiva os deputados José Carlos Aleluia (DEM-BA), Heráclito Fortes (PSB-PI), Elmar Nascimento (DEM-BA) e Fernando Monteiro (PP-PE).
Durante a reunião, o presidente da Câmara e o secretário-geral da ONU trataram do envio de militares brasileiros para forças de paz em países africanos em conflitos, após o fim da missão humanitária no Haiti, comandada pelo Brasil, e da crise humanitária na Venezuela. “Ele falou da importância do Brasil aqui na ONU, principalmente nas ações de paz no Haiti”, disse.
Sobre a Venezuela, Rodrigo Maia citou a preocupação com o país que faz fronteira com o Brasil, por Roraima. “Ele [António Guterres] acabou de voltar da Colômbia, falou da preocupação com a Venezuela, que vive uma crise por falta de alimentos, o impacto da crise econômica na vida das pessoas. E eu relatei o impacto da migração em relação a Roraima, já que a Venezuela não aceita o apoio do lado deles da fronteira”, relatou Maia.
O presidente da Câmara disse ao secretário-geral da ONU que “a condição de apoio em Boa Vista não é boa, pois a estrutura de saúde, educação e moradia em Roraima não é tão grande”. “Então gera impacto naquela parte do Brasil. Nós estamos fazendo o possível para ajudar, mas a Venezuela não aceita”, frisou.
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Rodrigo Maia reforçou que o Brasil está colaborando como pode com a Venezuela. “Não vamos, de forma nenhuma, deixar de receber os nossos vizinhos. Mas a crise tem um impacto numa região do Brasil que já é carente. Precisamos ver de que forma o Brasil pode continuar ajudando, pois o Brasil colabora e vai continuar colaborando, apesar de toda a dificuldade que a gente tem no Estado de Roraima”, afirmou.
“Espero que a Venezuela possa, o mais rápido possível, encontrar uma solução para os conflitos dentro do próprio país. Nossa preocupação é que essas pessoas, que estão migrando, possam ter o acolhimento do Brasil, sem prejuízo para os brasileiros no Estado de Roraima. Claro que a ONU podendo participar dessa ajuda nos interessa, porque é uma questão de imigração e humanitária”, acrescentou.
O presidente da Câmara está nos Estados Unidos para uma série de compromissos em que representará a Casa. Na agenda, estão previstas reuniões com congressistas americanos e com autoridades eleitorais, participação de um encontro na Câmara de Comércio dos Estados Unidos, além de debater a situação do país no Wilson Center. Na quarta-feira, os parlamentares seguirão para Cancun, no México, onde participarão da Conferência Latino-americana do banco Santander.
PARADA – No sábado à tarde, 13, a comitiva de Rodrigo Maia fez um parada em Boa Vista por volta das 15h. À Folha, o deputado Hiran Gonçalves (PP) disse que recebeu uma ligação do presidente da Câmara para que fosse visitá-los na Base Aérea de Boa Vista. “Eles estavam indo para uma missão oficial nos Estados Unidos, pararam aqui e me ligaram para que eu fosse fazer uma visita a eles na Base Aérea. Conversamos por mais ou menos uma hora sobre a situação do Brasil, a reforma da Previdência, candidaturas que se colocam à Presidência da República. Discutimos temas do País, mas de uma maneira superficial”, disse. (V.V)
