No último final de semana, o secretário-adjunto estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Antônio Cabral, um analista ambiental da Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh) e um técnico da Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima) estiveram em Manaus, no Amazonas, para conhecer in loco a criação de matrinxã em igarapé. A equipe visitou o município de Manacapuru e Iranduba para saber quais são os meios utilizados para a criação de peixe.
Cabral explicou que a equipe foi para aprender como é feita a criação de peixe em igarapé. “Fomos a Manaus para conhecer a prática de criação de matrinxã em canais de igarapé. Aqui em Roraima só criamos tambaqui e até mesmo a matrinxã em açudes, lagos e gaiolas, não temos o costume de criar em canal de igarapé”, comentou.
“Essa atividade não será uma prática da Seapa, mas, um programa de Governo”, destacou Cabral, informando que o foco é ampliar a piscicultura no Estado de Roraima e um dos meios é buscar a criação da matrinxã em igarapé. A atividade vai atender aos agricultores familiares por se tratar de espaço pequeno e existir um limite de carga.
Ele explicou que durante a visita, a equipe percebeu que para não haver assoreamento é preciso cercar o igarapé com tábuas. “Como são usados pequenos espaços, termina não ocorrendo impacto ambiental”, destacou.
Outro ponto importante enfatizado pelo secretário foi sobre a legislação ambiental que eles utilizam. “Fomos conhecer a deles para termos a nossa própria legislação”, disse, informando ainda que a equipe conheceu a Secretaria de Produção Rural e a Secretaria de Pesca do Amazonas.
PARCERIA
“Nos reunimos ainda com o secretário da Secretaria de Estado da Produção Rural e Sustentabilidade (Sepror), Sidney Leite, e com o diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável (Idam), EdimarVizolli, para acertamos o convênio”, informou, destacando a necessidade da troca de experiências entre os estados.
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O secretário afirmou ainda que o objetivo é ser parceiro do Amazonas. “Não queremos ser concorrentes, mas ser parceiros para atingir mercados maiores e poder exportar para a Europa, para a Venezuela”, ressaltou. “Aqui, a nossa piscicultura é diferente da do Amazonas. Enquanto lá, são piscicultores pequenos, aqui, temos grandes empresários envolvidos com a piscicultura”, comentou.
Ele observou que para poder exportar é necessário ter volume e continuidade de produção e que “se nos unirmos com o Amazonas e com Rondônia, que ainda vamos conversar, podemos atingir as regiões Sul e Sudeste com o volume que os três estados podem produzir juntos”.
Como o estado do Amazonas está mais avançado na produção de alevinos, o convênio vai contemplar a doação de alevinos de tambaqui e matrinxã aos produtores de Roraima.
“Ainda essa semana vamos assinar o convênio e, na próxima semana, receberemos 500 mil alevinos de tambaqui e 200 mil de matrinxã para distribuímos aos agricultores familiares”, informou, destacando que a intenção da governadora Suely Campos é fomentar a agricultura familiar.
Cabral explicou que para o pequeno produtor receber os alevinos é preciso fazer o cadastro na Seapa e ter a licença ambiental da Femarh. “Esses que vão chegar agora, será para aqueles agricultores que estão cadastrados e que já estão no ramo da piscicultura”, explicou.
Fonte: Secom
