Cotidiano

Roraima é o segundo Estado do Norte com maior índice de redução da malária

Diagnóstico precoce é fundamental para o bom resultado no tratamento da doença

Roraima teve uma redução de 21% no número de casos de malária no período de janeiro a setembro de 2021, se comparado ao mesmo período de 2020. Os dados são do Ministério da Saúde (MS), que mostram que a intensificação das ações de vigilância em saúde nos municípios, por meio do Núcleo de Controle da Malária, tem registrado resultados positivos no combate à doença no estado. Fato importante a ser destacado neste sábado, 6, Dia da Malária nas Américas.

Na região Norte, todos os estados tiveram notificação de casos de malária devido à vegetação que proporciona um ambiente favorável ao mosquito transmissor da doença. Porém, segundo o boletim do MS, Roraima está entre os três primeiros estados com maior redução, atrás do Acre e na frente do Pará. 

A incidência da malária é uma das principais preocupações da gestão e, por isso, o Governo do Estado tem reforçado o trabalho de prevenção e combate em parceria com várias instituições.

“O Ministério da Saúde disponibiliza um interlocutor que acompanha as nossas ações e necessidades. Com isso, temos fortalecido nossas parcerias com outras instituições, com ONGs, com os médicos sem fronteiras, e trabalhado também em contato com a Sesai [Secretaria Especial de Saúde Indígena], sempre buscando somar esforços para reforçar o combate à malária em todo Estado”, enfatizou o governador.

Trabalho integrado

Por meio da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde (CGVS), o Governo do Estado tem auxiliado todos os municípios no combate à doença.

“O Estado tem prestado apoio aos municípios, de forma técnica, capacitando e garantindo o conhecimento sobre como melhorar esse controle. Com esse trabalho que temos feito sempre, as nossas equipes se deslocam para os municípios, acompanham as ações, realizam medidas corretivas e todos os técnicos são capacitados, quanto à estratégia de borrifação, organização dos insumos, como medicamentos, para que possam administrar da melhor forma e garantir o controle da doença”, ressaltou a coordenadora geral de Vigilância em Saúde, Valdirene Oliveira.

Para o secretário de Saúde, Leocádio Vasconcelos, as medidas de proteção individual são as formas mais efetivas de prevenção para impedir ou reduzir a possibilidade de contato do homem com o mosquito transmissor.

“A população é a nossa maior aliada nessa luta e precisa fazer sua parte como, por exemplo, não frequentar locais próximos a criadouros naturais de mosquitos, como beira de rios ou áreas alagadas, no final da tarde até o amanhecer, pois nesses horários há um maior número de mosquitos transmissores de malária circulando. Além disso, nas áreas com maior incidência, deve utilizar cortinados e mosquiteiros impregnados com inseticidas e telas em portas e janelas”, disse.

Diagnóstico precoce 

De acordo com a gerente do Núcleo de Controle da Malária, Dulcineia Barros, o diagnóstico precoce da doença é determinante para ser tratada em tempo oportuno, uma vez que pode evoluir para forma grave e até para óbito.

“A doença começa com febre e fraqueza e se desenvolve com dor de cabeça, dor no corpo, calafrios, acompanhados por dor abdominal, dor nas costas, tontura, náuseas e vômitos. Nesses primeiros sinais, as pessoas já devem buscar ou uma Unidade Básica de Saúde ou então o hospital mais próximo”, explicou.

Ela reforça que, apesar da redução em Roraima, a região de garimpo e as áreas indígenas são as que mais registram casos de malária no Estado.

“Essa é uma das nossas maiores preocupações, pois essa particularidade relacionada às áreas indígenas e de garimpo deixam o Estado em alerta contínuo. Por isso temos intensificado muito a capacitação dos municípios para reforçar o serviço de controle da doença”, finalizou a gerente.