Cotidiano

Roraima fechou 2022 em 21º no ranking de combate ao trabalho escravo

Dados foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência na oportunidade da Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo

Roraima terminou 2022 em 21º lugar no ranking nacional de trabalhadores resgatados em condições de trabalho escravo contemporâneo. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência (MTE), nesta segunda-feira (24), na oportunidade da Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo.

No ano passado, no Estado, 15 trabalhadores, todos na construção civil, foram resgatados em condições análogas à escravidão em três fiscalizações distintas – este número também colocou Roraima na 21ª colocação nesse quesito. Por outro lado, Minas Gerais liderou a lista nacional com mais ações fiscais ocorridas em 2022 (117), tendo 1070 trabalhadores resgatados.

Três dos 15 resgatados moravam no Estado e representaram o menor número entre as unidades federativas brasileiras.

Segundo o MTE, o levantamento considera as ações fiscais concluídas e ações com constatação de trabalho escravo ainda em andamento. Ao término de todos os procedimentos investigatórios e de fiscalização e iniciados em 2022 pelos auditores-fiscais do trabalho, o quantitativo pode ser retificado ao longo de 2023.

Perfil dos trabalhadores resgatados em Roraima

Dados do seguro-desemprego do trabalhador resgatado mostram que 93% eram homens; 29% tinham entre 50 e 64 anos; 86% residiam no Nordeste, mesmo percentual de naturais da região; metade se autodeclararam negros ou pardos, enquanto a outra metade, brancos. Quanto ao grau de instrução, 36% declararam ter Ensino Fundamental (6º a 9º ano) incompleto. Do total, 21% dos trabalhadores resgatados em Roraima em 2022 eram analfabetos.

Dados e denúncias

Os dados oficiais das ações de combate ao trabalho análogo ao de escravo no Brasil estão disponíveis no Radar do Trabalho Escravo da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT). Denúncias podem ser feitas de forma remota e sigilosa no Sistema Ipê.