Cotidiano

Roraima foi o primeiro estado a criar diretório da UDN

Liberais na economia, conservadores nos costumes e contrários ao comunismo. O professor Luís Cláudio de Jesus Silva explicou que é assim que a UDN (União Democrática Nacional) se descreve. O novo partido que está sendo recriado no país foi um dos principais partidos políticos do período da ditadura militar. Ele ressurge com nova roupagem e os mesmos ideais.

“A UDN notabilizou-se como um partido de direita, de ideologia conservadora na defesa das instituições, da sociedade e da família, do liberalismo econômico e intransigente no combate à corrupção. Fundado em 7 de abril de 1945, teve como principal expoente, à época, o saudoso Carlos Lacerda. A geografia política mundial tem acusado o esgotamento das ideias da esquerda e do socialismo, e a sociedade tem apoiado fortemente os partidos da direita. Esse cenário pode ser observado com a ascensão política dos partidos de direita na Europa, Estados Unidos e América Latina. O que ocorre no Brasil com a eleição de Bolsonaro é reflexo dessa tendência, por isso observamos como natural a recriação da UDN. Queremos ajudar a construir nossa sociedade e a democracia em nosso País”, explicou.

Luís Cláudio de Jesus é organizador do diretório e disse que Roraima foi o primeiro estado a conseguir criar o diretório estadual e os municipais.

“Nós tivemos a grata surpresa de ser o primeiro estado do Brasil a fundar um diretório estadual e os diretórios municipais do partido. Temos os diretórios de Rorainópolis, Pacaraima e Boa Vista. Naturalmente que, a partir daí, vamos agora ampliar esse leque de discussão, pois precisamos das 491 mil fichas de assinatura. Estamos perto disso e nossa meta até 31 de dezembro é termos todas essas fichas homologadas.”

O partido, se recriado, será, por exemplo, favorável à remessa de lucros de empresas para o exterior e a favor de uma política de portas abertas às empresas estrangeiras.

“Nós temos hoje, no Brasil, 33 partidos constituídos, ou seja, uma colcha de retalhos muito grande de partidos políticos de vários vieses e a maioria no centrão, tentando ganhar alguma coisa, levando proveito aqui e acolá, com raríssimas exceções. E nós temos um número duas vezes maior do que isso, de partidos para serem criados com pedido de criação no TSE, entre 50 e 60 pedidos, inclusive o próprio Presidente Jair Bolsonaro anunciou a criação da Aliança pelo Brasil. Naturalmente que para criar um partido no Brasil, as dificuldade são muitas e você tem que ter ao menos 491 mil assinaturas de apoio. E as pessoas que assinam não podem estar filiadas a nenhum partido político, pois tudo passa pela conferência do TSE, das zonas eleitorais, além de precisar ter representatividade e diretórios em 9 estados do Brasil. Ou seja, um terço dos estados brasileiros tem que ter um diretório estadual e três diretores municipais”.

Na questão dos costumes, a UDN defenderá uma moral alinhada com a cristã, particularmente a católica. Os ideais conservadores nos costumes e liberais na economia são as marcas dos udenistas que, como Carlos Lacerda (jornalista, político e membro da UDN), lutavam contra o comunismo, tido como mal do século. 

 “Percebemos que o Brasil sente falta de um partido que verdadeiramente represente a direita, conservador e de pessoas sérias. Os conceitos são os mesmos, mas nos modernizamos. Valorizamos a família e estamos totalmente contra a corrupção. Seremos implacáveis com isso”, aponta Alves.

Os interessados podem entrar em contato por meio do número 99112-8875 (WhatsApp) para esclarecimentos.