Roraima colheu quase 442 mil toneladas de produtos agrícolas em 61 mil hectares em 2016, segundo dados da Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao todo, foram gerados aproximadamente R$ 499 milhões no valor de produção.
A mandioca foi a cultura com a maior produção em Roraima, registrando em 2016 pouco mais de 151 mil toneladas, seguido do arroz, que teve produção de 68 mil toneladas, e da soja, com 67 mil toneladas. A banana, com 57 mil toneladas, e a melancia, com 40 mil toneladas, encerram a lista das cinco culturas com maior produção no Estado.
Para o chefe da Divisão de Estudos e Pesquisas da Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan), Fábio Martínez, apesar de ter havido queda de 6% da produção em relação ao ano anterior, os números de 2016 são significativos. “Roraima sofreu com a estiagem no ano passado, principalmente em culturas como a banana e a laranja”, disse.
A cultura agrícola com a maior área colhida em 2016 foi a soja, com 24 mil hectares; seguida do arroz com aproximadamente 10 mil hectares; banana e mandioca, ambas com pouco mais de 7 mil hectares; e em quinto lugar ficou o milho com 5 mil hectares. “São verificadas área plantada, colhida, quantidade produzida e valor da produção. Com base nisso é estimado o valor da agropecuária total do Estado de Roraima”, explicou.
Em relação ao valor total da produção, a cultura que obteve a maior receita em 2016 foi a mandioca, com R$ 137 milhões; seguido pela banana, com R$ 100 milhões; a soja aparece em terceiro lugar, com R$ 87 milhões; em quarto lugar está o arroz, com aproximadamente R$ 61 milhões; a melancia ficou em quinto lugar com R$ 26 milhões.
Apesar de contar com valores expressivos na produção agrícola, o setor corresponde a apenas 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) de Roraima. “É um dos setores que mais cresce, mas está longe de ser o carro-chefe da economia do Estado. A administração pública corresponde a quase metade da economia, depois vem comércio, construção civil e atividades imobiliárias. Depois disso vem a agropecuária”, frisou Martínez.
Segundo ele, existe um potencial grande e perspectiva de melhora de crescimento. “Temos a questão da regularização fundiária que está prestes a ser resolvida, além da solução da febre aftosa e da mosca da carambola. Sem contar que a questão climática em 2017 foi favorável para a produção”, ressaltou. (L.G.C)