Os dados de um levantamento baseado nas publicações do Jornal Folha registram em números índices preocupantes da violência em Roraima. O levantamento não oficial constatou que de 1º de janeiro a 6 de maio deste ano, 77 homicídios foram noticiados pelo jornal. Deste total, 35 casos estão associados de alguma forma à guerrilha imposta por facções criminosas por conta da forma como as vítimas foram executadas. Em geral, os crimes foram praticados com uso de armas de fogo e brancas e em todos os casos as vítimas tinham sinais de tortura, espancamento e até tiveram os corpos queimados. As mortes ocorreram no interior do Estado e em Boa Vista.
A pesquisa também constatou que foram registradas 23 tentativas de crimes por arma de fogo e 23 tentativas por arma branca.
Secretário diz que governo estuda medidas para combater a violência
O Secretário de Segurança Pública do Estado, Márcio Amorim, ressaltou que o governo já estuda medidas para combater a violência no Estado
De acordo com o Secretário de Segurança Pública do Estado, Márcio Amorim, o governo já estuda medidas para combater a violência no Estado. “Já iniciamos o controle do presídio, fator muito positivo, trabalhamos para que seja feito o reforço do policiamento ostensivo o mais rápido possível. Nós também teremos centro de inteligência de comando e controle para que a comunicação entre as polícias seja rápida com implantação prevista para os próximos 40 dias, para combate especialmente de crimes relacionados ao tráfico de drogas.”
Ainda de acordo com Márcio Amorim, dados do anuário de Segurança Nacional, apontam grande participação de jovens entre 18 a 29 anos no mundo do crime. “Pessoas no país inteiro são recrutados e mortos devido ligações às facções, não são dados limitados apenas ao Estado de Roraima” esclareceu.
Márcio Amorin também ressaltou que a imigração exacerbada ainda é o principal motivo pelo aumento da criminalidade no Estado. “Os registros de ocorrências obtiveram número elevados porque houve aumento na demanda de serviços. A polícia civil está trabalhando com efetivo muito limitado. A partir do momento que as contas públicas forem acertadas, será possível a contratação de mais policiais para reforçar a segurança nas ruas,” explicou.