Em fevereiro de 2018, Roraima registrou os primeiros casos de sarampo importado da Venezuela, segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), laboratório de referência do Ministério da Saúde. De fevereiro a dezembro do ano passado, foram 580 notificações da doença no Estado.
Este ano, até 17 de abril, foram 25 notificações, das quais 19 foram descartadas, um caso está sob investigação e um foi confirmado em um paciente que veio da Venezuela, segundo informou a gerente do Núcleo de Controle das Doenças Exantemáticas da Vigilância de Saúde do Estado, Vanessa Barros.
Desde que foi declarado o surto em Roraima, foram notificados 605 casos, destes 362 foram diagnosticados como positivos e 238 foram descartados após os exames feitos e cinco ainda estão ainda em investigação.
Para Vanessa Barros, a queda no número de casos de sarampo no Estado em relação ao início do surto, em 2018, se deu devido ao trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Controle das Doenças, responsável pelo monitoramento do sistema, que treinou e capacitou e treinou técnicos, enfermeiros, médicos e profissionais da saúde em manejo clínico para realizar os trabalhos em todos os municípios do Estado.
“É um trabalho constante. Desde que houve a declaração do surto, fazemos busca retrospectiva dos prontuários que apontem sintomas, para sabermos se foi sarampo ou não, e monitoramento geral de todos os casos suspeitos”, disse.
Outro ponto destacado pela gerente foi quanto ao aumento da cobertura vacinal e a busca ativa de casos suspeitos.
“Esse trabalho continua e estamos com a cobertura vacinal de 89% até 10 de abril em todo o Estado e as vacinas continuam nos postos de saúde dos municípios, já que é a melhor prevenção”, afirmou.
Para quem ainda não recebeu a dose da vacina, basta procurar uma unidade de saúde para imunização.
“A vacina é o meio mais eficaz para a prevenção, pois a doença é transmitida por um vírus contagioso, pela fala ou tosse da pessoa infectada. Então, quem não se vacinou, deve se prevenir”, recomendou.