O secretário extraordinário de Atração de Investimentos (Seeai), Aluízio Nascimento, afirmou que alguns investimentos já estão em andamento em Roraima, neste domingo (02), em entrevista no programa da rádio Folha FM 100.3, Agenda da Semana. Entre eles está a licitação do porto seco, a produção e exportação do café conilon e a produção de etanol por milho.
De acordo com o secretário, o objetivo da Seeai não é somente vender Roraima às empresas privadas, mas também fomentar a economia local, investindo em investidores do estado. Por isso, além das inúmeras ofertas para o território roraimense, estão em andamento a produção do café conilon com parceiros do Espírito Santo, a licitação para criação de um porto seco e a fabricação de etanol a partir da plantação de milho.
“Analisado e classificado por eles [Espírito Santo], o nosso café conilon ficou entre os três melhores do Brasil porque nós temos peculiaridades que eles não têm. […] Esse pessoal muito forte lá, querem começar o projeto pensando no que o governador [apresentou], nós temos uma cadeia de produtores da agricultura familiar, assentados ou não, indígenas ou não e que podem produzir. Eles ficaram maravilhados”, disse Nascimento.
O investimento, segundo ele, visa atingir em torno de 300 a 400 famílias, além de ter o suporte tecnológico dos parceiros em questão, contanto que seja o Espírito Santo seja o primeiro destino de exportação. Sobre o processo de importação e exportação, Aluízio apontou que o estado está sendo contado para a licitação de construção de um porto seco, por iniciativa privada.
“Esse é um dos investimentos que a gente está fazendo, que através dele virão outros. Porque você pode fazer importação de qualquer coisa e daqui, inclusive, redistribuir para outros países. Então vai beneficiar a nossa população. Todo o nosso objetivo é para isso, nós temos como foco a atração de investimentos para Roraima se tornar um estado cooperativo”.
O secretário informou ainda que está em fase de licenciamento ambiental, a primeira indústria de etanol de milho. A fabricação será feita em parceira com a BFF (Brasil Bio Fuels) para que o combustível seja vendido no estado e “blendar com a gasolina que vem de fora”. A produção está prevista para ocorrer em Boa Vista e gerar 90 mil litros de etanol.
“Vai ser feita em módulos. Essa primeira etapa, que vai começar construir no final desse ano, vai consumir 30 mil hectares de milho e a gente está bem próximo disso. Só que a gente tem que ter milho para os nossos produtores também. Mas por que que não se planta milho? Porque não tem grande consumidor final. […] Estamos bem tranquilos porque já entra um player desse [consumidor de grande porte]”, destacou Aluízio Nascimento.
Mineração
No início da conversa, o secretário da Secretaria Extraordinária de Investimento e Atração (Seeai) informou que há uma preocupação com o setor comercial de Roraima porque em todo o Brasil houve queda econômica, mas o estado tenta há anos crescer. Falou ainda que pensam formas de permitir a mineração legalizada de outros minérios, além do ouro e com a saída dos garimpeiros.
“Nós estamos preocupados com o setor do garimpo porque, queira ou não queira, é uma massa de trabalho forte. Uma massa de trabalho que gastava em Roraima, não gastava fora. Basicamente o dinheiro rodava aqui. […] Então, porque não fazer a mineração legal nas áreas que podem ser feitas de outros minérios, sendo que a gente pode? Isso não está proibido e o que não está proibido, pode ser feito. Nós vamos trabalhar nisso”, disse.
Além dessas ações, Nascimento falou dos investimentos das fontes energéticas, entre elas da obtida por plantação de dendê. Toda a entrevista pode ser assistida no canal Folha FM 100.3 no YouTube ou logo abaixo!