O número de casos suspeitos de microcefalia em Roraima subiu de cinco para sete, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O órgão investiga outros 3.670 casos suspeitos da doença que pode estar associada ao zika vírus, em todo o país. O novo boletim divulgado na semana passada aponta também que 404 casos já tiveram confirmação de microcefalia e/ou outras alterações do sistema nervoso central, sendo que 17 com relação ao vírus zika confirmados.
Na Capital, o número de gestantes com suspeita de terem contraído o zika vírus também aumentou de 36 para 70. As grávidas são acompanhadas de perto pela Secretaria Municipal de Saúde, que oferece toda assistência para a realização de exames pré-natal e pós-parto. Em casos que requerem cuidados especiais, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) também reforça o acompanhamento para atestar a saúde do bebê e da paciente.
Os sete casos suspeitos de microcefalia foram registrados no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN). Após serem enquadrados nessa definição, a Coordenação Geral de Vigilância em Saúde da Sesau colheu os materiais genéticos das mães e dos bebês e enviou ao Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA), para análise e confirmação.
Segundo a gerente do Núcleo de Combate à Dengue do Estado, Ana Paula Guth, a associação dos casos de microcefalia ao zika vírus depende de um exame de sorologia, ainda inexistente no país. “O que temos hoje para identificar isso é o exame de biologia molecular. Mas esse exame só consegue verificar o zika se o vírus estiver circulando no corpo da pessoa, o que não ocorre com as grávidas”, disse.
Conforme ela, o governo receberá nos próximos meses o aparelho para realizar o exame de biologia molecular em Roraima. “Hoje só quem faz esse exame são os institutos de referência. A partir do momento que o ministério mandar os insumos, todos os estados farão por meio do Laboratório Central de Saúde Pública”, informou.
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Governo diz que investiu R$ 1,8 mi em materiais de combate ao Aedes
O principal responsável pelo zika vírus, que tem causado um surto de microcefalia em todo o país, é o mosquito Aedes aegypti, mesmo vetor da dengue e chikungunya. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o Governo do Estado já investiu R$ 1,8 milhão na compra de materiais necessários para o combate ao mosquito, que deverão ser distribuídos aos agentes de endemias em todos os 15 municípios até a próxima semana.
O governo adquiriu motocicletas, bombas costais, uniformes, além de equipamentos de proteção individual, como luvas, botas, e bolsas com 300 kits de materiais que irão auxiliar no combate ao mosquito.
De acordo com a Sesau, somente este ano Roraima já notificou 69 casos de dengue, sendo dois confirmados. Um caso de zika vírus foi confirmado no Estado em 2016 e sete casos de Chikungunya foram notificados, mas nenhum confirmado. (L.G.C)
